Eu olhava ela dormindo, ela toda torta, mas mesmo assim linda.
Helen: Que cê tá me olhando? — falou do nada.
Acho que eu brisei tanto nela que nem vi ela acordando, carai.
Eu: Ixi, tu tá acordada?
Helen: Não, não, tô dormindo, gato.
Eu: Grossa do caralho. — revirei os olhos e sentei na cama, de costas para ela.
Helen: Desculpa. — ela se levantou e me abraçou por trás.
A gente se desgrudou e fomos pro banheiro. Tomei um banho e me troquei. Tomamos café da manhã e eu enrolei um pouco ela, tava morrendo de medo.
Já não dava mais pra enrolar, provavelmente ela já percebeu que há algo de errado, vivemos juntos por tantos anos, anos incríveis.
Mas eu acho que acabei me deixando levar, eu tô completamente fudido.
Helen: Tá tudo bem? — passou a mão em meu rosto.
Ela me encarou, meus olhos se encheram de lágrimas. Ela se sentou no meu colo e me abraçou.
Eu: Eu preciso confessar uma coisa.
Helen: O quê?
Eu: Helen, tu sabe que eu te amo pra caralho né?
Ela me encara confusa e coloca as mãos no meu peito se afastando um pouco.
Helen: Sei sim, mas por que tá perguntando isso tão de repente?
Eu: Posso contar a história primeiro?
Helen: Eu tô ficando preocupada. Fala logo.
Eu: Esses dias eu parei pra ajudar uma moça do morro.
Ela saiu do meu colo e sentou do meu lado.
Helen: Hm.
Eu: Aí eu levei umas compras pra casa dela, né.
Helen: Se tu não desembuchar logo, eu vou ser obrigada a te bater. — ela cruzou os braços.
Eu: Tá, eu vou falar, sério. — respirei fundo. — Eu… — assim que eu ia falar entraram dentro de casa, Xei, Kauã, Lua, Gnoma, Henrique, Nego, Luan e Laís.
Xei: Tá bom o assunto aí?
Helen: Caralho, deixa ele falar, puta que pariu.
Gnoma: Que é isso, amiga? Que grossa, eoem. — se jogou no sofá.
Helen: Ele tá enrolando pra falar UMA coisa, já faz uns dez minutos. — ela respirou fundo e me olhou novamente. — Fala.
Eu: Acho melhor não falar aqui, perto de todo mundo, sabe?
Ela respirou fundo mais uma vez. E, dessa vez, eu percebi que ela já tava querendo me matar.
Eu: Eu tenho certeza que se você ficar sabendo, vai querer não saber mais. Entendeu?
Ela me olhou com um olhar mortal.
Kauã: É aquela coisa que tu contou pra mim e pro Arthur?
Eu só balancei a cabeça.
Helen: Eu também tenho uma coisa pra te falar, mas eu só vou falar se nós dois falarmos juntos.
Eu: Tá bom, pode ser.
Ela contou até três, e então eu acabei falando sozinho. Ela não disse nada.
Eu: Eu te traí, amor. Mas eu te amo, te amo muito, muito mesmo. — eu disse rápido.
Fechei os olhos, esperando sua reação, mas depois de alguns segundos eu abri e vi ela sentada no sofá.
Kauã: Só uma coisinha, — ele levantou o dedo. — quando ela faz isso, ela tá contando os segundos pra tu desaparecer da frente dela.
Ela seguia me encarando, ela levantou uma das sobrancelhas.
Helen: Some. — falou baixo, mas eu ouvi.
Eu saí correndo pro meu quarto.
Na verdade, eu não sabia o que fazer. Não tinha como saber no que ela tava pensando.
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Criminal Love 2 - No Alemão.
RomanceDepois de doze anos, nossos personagens estão de volta. Como estão? O que fazem? Novas histórias? Novo morro? Veja em Criminal Love 2 - No Alemão.