Arthur 🚬
Entrei na boca, já vendo meu pai sentado.
Eu: Preciso falar contigo e agora.
Marcão: Ixi, colfoi?
Eu olhei pros vapor que tava atrás de mim, eles entenderam e saíram.
Marcão: Fala. — eu sentei no sofá que tinha ali.
Eu: Tu lembra quando eu tava na barriga da mãe, que ela escondeu de tu e pá?
Marcão: É, mas tu sabe como tua mãe é, não conseguiu esconder e falou na minha frente sem querer. — ele riu. — Mas porque a pergunta?
Eu: Tu ficou muito brabo com ela quando tu descobriu?
Marcão: Mais ou menos. Porquê?
Eu: Nada não, só queria saber. — dei de ombros. — Tá muito ocupado?
Marcão: Nada.
Eu: Bora lá em casa? Bater um rango daqueles que só minha mãe sabe fazer.
Marcão: Mas tua mãe tá putassa comigo ainda, não tá?
Eu: Tá, mas foda-se. — ele riu e balançou a cabeça.
Marcão: Bora, — ele se levantou e pegou a camiseta, eu também me levantei. — mas se ela vim de papo comigo eu boto tu no meio. — apontou pra mim.
Eu: Sem problemas.
A gente foi andando pra casa, era uns quinze minutos andando, mas dá nada.
— Aí, gatinho. Passa o zap? — perguntou parando do meu lado.
Eu: Tu não tem, não? — ela riu. Eu passei meu braço em volta do pescoço dela. — De boa?
— Porra, tamo indo, né? Mermo perreco com meus pais, e ainda nem contei. — passou a mão na barriga, discretamente.
Eu: Miado. — balancei a cabeça. — Como tá, Malu?
Malu: Tá bem, a coisa mais fofa. — sorriu toda boba.
Marcão: Não vai me apresentar pra tua mina? — zuou.
Eu: Minha não, pô. — balancei a cabeça novamente. — Essa aqui é a Malu, minha amiga. Malu, esse é meu pai, Maycon.
Marcão: Marcão. — me corrigiu.
Malu: Muito prazer. — sorriu envergonhada.
Meu pai deu um sorrisinho bem fraco, que logo se desmanchou.
Eu: Aí, tu não quer ir almoçar com a gente, não?
Malu: Eu? É… Onde?
Eu: Na minha casa. Bora lá?
Malu: Se não for incomodar. — deu um sorriso. — Mas eu só vou também porque eu acabei de brigar com meus pais.
Marcão: Sem querer ser intrometido, mas já sendo… Quem são seus pais?
Malu: Minha mãe é a Juliana e meu pai é o Caio, a gente mora na segunda rua de cima da praça principal.
Eu: Caio?
Malu: É, o Caio Ferreira, ou CF, sei lá.
Marcão: Até onde eu sei, ele é casado com a Natyzinha. Né não? — ele me olhou com uma cara de dúvida eu balancei a cabeça.
Malu: Casado? Ele é casado com minha mãe, Juliana. — ela me olhou assustada.
Marcão: Putz. — ele balançou. — Depois eu falo com ele.
Assim que a gente chegou eu já ouvi minha mãe gritando.
Helen: Arthur?
Eu: Oi, linda. — falei entrando na cozinha, junto com a Malu.
Minha mãe e minha irmã faziam o almoço.
Helen: Oi. — deu um sorriso assim que viu ela. — Sua namorada?
Eu: Não. — eu respirei fundo. — Então, não pode mais ter melhor amiga, se não vocês tudo falam que é minha namorada?
Helen: Não tá mais aqui quem falou. — revirou os olhos.
Eu: Essa aqui é a Malu, minha amiga. — as duas sorriram.
Helen: E tu sabe onde tá seu irmão?
Eu: Deve tá em casa, não vi ele na rua.
Helen: Vou ver se ele tá no quarto. — secou as mãos em um pano. — Já volto, Lua.
Lua: E tu? Deu pra fingir que não tem irmã?
Eu revirei os olhos.
Eu: Desculpa, minha linda. — beijei a bochecha dela. — Pai tá aí. — falei no ouvido dela.
Lua: Mentira! Sério? — eu balancei a cabeça. — Tava com saudade dele. — ela ia passar por mim.
Eu: Calma. — segurei ela. — Deixa eu ver se a mãe ainda tá falando com ele, se não, tu vai.
Olhei pra sala, disfarçadamente. Eles conversavam alguma coisa, ela parecia estar brava.
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Criminal Love 2 - No Alemão.
RomanceDepois de doze anos, nossos personagens estão de volta. Como estão? O que fazem? Novas histórias? Novo morro? Veja em Criminal Love 2 - No Alemão.