O Marotinho - E se o Harry fosse criado por WolfStar?

Capítulo VI: Olivaras e Lua cheia

   Ao sair da loja, Harry olhou para os dois lados e rapidamente localizou seu padrinho na frente da livraria ao lado.

—Hey Moony, eu estou aqui!

—Oi Harry — disse Remus —, aqui estão seus livros.

E deu para Harry duas sacolas

—Humm... Transfiguração, Feitiços, Poções — começou, mas foi interrompido.

—Falando em Poções, temos que ir na farmácia comprar os ingredientes que serão usados na sua aula — Ele ia dizendo enquanto caminhava com Harry e Padfoot na sua cola.

   Harry estava olhando a sua volta novamente e logo sua expressão se fechou ao avistar o garoto pálido que vira na Madame Malkin, ato que não passou despercebido por seu padrinho.

—O que foi, Harry? — E então seguiu seu olhar até o garoto que Harry observava com uma feição de desprezo — Aah, já arrumou um crush Harry? — disse com sarcasmo.

—Eu vi aquele garoto na Madame Malkin — começou Harry desgostoso — ele é muito preconceituoso.

—Por que você está dizendo isso? Ele falou algo errado?

—Sim — Respondeu o garoto — ele disse que Hogwarts não deveria aceitar alunos que não viessem de famílias bruxas, nascidos trouxas.

—Ah — Disse Remus com uma feição de quem finalmente entendera tudo —, foi muita falta de tato da parte dele dizer essas coisas, mas talvez não seja culpa dele, sabe.

—Como assim?

—Bem, ele provavelmente é puro-sangue, não é?

—hum-hum — concordou Harry

—O pai dele provavelmente é o tipo que se gaba para os outros por isso, talvez ele tenha sido criado dessa maneira, mas se ele está sendo frouxo o suficiente para acreditar nessa coisa de sangue-puro, talvez não seja um partido tão bom assim  — Brincou ele.

—Ha ha, muito engraçado Moony — disse ele com sarcasmo, mas sem conseguir segurar um sorrisinho que se crispou em seus lábios.

—Eu sei, sou um piadista — disse ele — chegamos.

   Estavam parados em frente a uma farmácia, que era fascinante, para compensar seu cheiro horrível, uma mistura de ovo estragado com repolho podre. Havia no chão barricas de coisas viscosas, frascos com ervas, raízes secas e pós coloridos cobriam as paredes, feixes de penas, fieiras de dentes e barras retorcidas pendiam do teto. Enquanto Remus pedia ao homem atrás do balcão um conjunto de ingredientes básicos para preparar poções para Harry, o próprio Harry estava esperando do lado de fora, enquanto acariciava Padfoot.

   Ao sair da farmácia e se juntar a eles, Remus verificou a lista de Harry mais uma vez.

—Só falta a varinha. Ah é, e ainda não compramos seu bichinho, já sabe qual você vai querer?

   Harry analisou a pergunta por um momento.

—Não vai ser um sapo, não gosto muito deles, e Padfoot não gosta de gatos — disse acenando a cabeça em direção ao grande cão negro, que deu um latido em aprovação às palavras do garoto —Vou querer uma coruja, são muito úteis, levam cartas e tudo o mais.

   Vinte minutos depois, eles saíram do Empório de Corujas, que era escuro e cheio de ruídos e brilhos e olhos que cintilavam como joias. Harry agora carregava uma grande gaiola com uma bela coruja branca como a neve, que dormia profundamente, a cabeça debaixo da asa.

—Bem — disse Remus —, agora só falta Olivaras, a única loja de varinhas, Olivaras, e você precisa ter a melhor varinha do mundo.

  Era tudo o que Harry mais andara desejando, queria se pôr a prova, praticar feitiços e outras coisas.