Capítulo III: Confiança e Confissão

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Remus não sabia o que fazer—certamente—ele deveria mostrar a carta para Dumbledore, mas algo o impediu, Sirius mandara aquela carta, Sirius mandara aquela carta para ele.

Sem pensar duas vezes, Remus desamarrou a carta da perna da coruja e a abriu.

"Caro Remus," dizia a carta "eu gostaria de pedir, antes de mais nada, que você não mostre esta carta a nenhum membro da Ordem, sem antes lê-la," Remus estava a ponto de chamar alguém, mas ao ler este trecho, resolveu atender ao pedido de Sirius, e ler a carta.

Após terminar de ler, o lobisomem ficou realmente em choque, ele não sabia muito bem em quem acreditar. 

Mas no fim, ficou do lado de Sirius, talvez a confiança nele se devia ao fato de Remus conhecê-lo a muito tempo, tempo o suficiente para saber que ele nunca faria algo do tipo, foi então, atrás do animago.

   A alguns quilômetros de distância, encontrava-se um Sirius receoso, pois o motivo de ele ter chamado Remus para ajudá-lo, era que ele realmente queria ter a confiança de Remus, e talvez uma chance de ficarem mais próximos, cuidando de Harry juntos. 

   Após alguns minutos de reflexão, resolveu olhar pela janela, na esperança de ver um certo alguém na rua, e se surpreendeu ao ver que este alguém realmente estava lá.

   Desceu as escadas, pulando três degraus de vez, e foi até a porta. Quando a abriu, se deparou com um certo lobisomem na rua. Sem pensar duas vezes, correu até ele e o abraçou, ele retribuiu, seu coração aqueceu com aquele abraço, ao saber que — ao menos um — de seus melhores amigos, continuava ao seu lado.

—Sirius... O que aconteceu?

Eles se separaram e Sirius o encarou por um momento e soltou um longo suspiro.

—Bem, acho melhor você entrar, é uma história um tanto longa e estranha.

Então, os dois adentraram a casa.

—A casa não está na melhor das condições de limpeza, porque faz tempo que ninguém mora aqui, e o Elfo ficou fazendo sabe-se lá o que durante esse tempo.

Os dois sentaram na mesa e Sirius começou a explicar tudo o que havia acontecido naquela noite. Como esperado, quando terminou de narrar os acontecimentos, Remus ficou perplexo, não pelo fato da história não ser lá das mais acreditáveis, mas sim pelo fato de que Sirius passara por tudo isso e estava bem ali, na sua frente, então Remus recuperou sua voz, e começou a fazer algumas perguntas.

—Porque chamou a mim, se Alice e Frank continuam conosco?

   Sirius pareceu meio constrangido, mas respondeu.

—Bem, porque você é a pessoa que eu mais confio Moony, e Provavelmente a única que me conhece suficientemente bem para acreditar em minha versão dos fatos. E bem...Eu gostaria de ficar mais próximo de você entende, q-quero dizer, agora que eu...Bem, você...

Sirius começou a falar palavras desconexas, e sentiu sua bochecha esquentar um pouco.

Remus imediatamente entendeu sobre o que se tratava, se levantou e foi até ele.

—Vem cá Padfoot.

Sirius se levantou da cadeira e Remus segurou sua mão.

—Fico feliz em saber disso tudo que está me contando.

E então o lobisomem deu um sorriso para Sirius. O animago estava tão enrusbecido naquele momento, que poderia ser facilmente confundido com um pimentão, mas ele havia tomado sua decisão no momento que chamou Remus para morar com ele no Largo.

—Remus eu queria dizer que... que...

   Sirius começou, mas Remus tomou uma atitude primeiro, foi até ele e o surpreendeu com um beijo, um beijo doce e inocente que o fez perder a noção da realidade, repentinamente todo o ar de seus pulmões havia sumido, mas Black não precisava disso nesse momento. Tudo que ele precisava era ter Remus mais perto de si, ele poderia sentir seus lábios macios por horas, mas então foi trazido de volta à realidade quando Lupin falou consigo.

—Bom... Onde está o Harry? Disse Remus se afastando.

—Ah... Ah sim, o Harry. Ele está lá em cima, terceira porta à direita, vou com você.

   Ambos subiriam as escadas e entraram no quarto onde Harry dormia. Remus examinou a criança por um segundo e, como Sirius, seu olhar se deteve momentaneamente na fina cicatriz em forma de raio.

—Foi aí que...?

—Foi — confirmou Sirius — Ficará com a cicatriz para sempre.

—Não há uma maneira de dar um jeito, Sirius?

—Mesmo que houvesse, eu não o faria. Cicatrizes podem ser úteis.

   Remus deu um longo suspiro.

—Acho melhor irmos dormir logo, algo me diz que teremos um longo dia amanhã.

Dumbledore foi até o quarto em que Remus estava acomodado para vê-lo, pois ele sentia que naquele momento Remus precisava de apoio, pois já sabia que o lobisomem nutria sentimentos por um certo homem de cabelos negros. Porém, ao abrir a porta, Dumbledore não encontrou ninguém, o quarto estava totalmente vazio, exceto por uma carta que estava em cima de uma cômoda. E se surpreendeu ao ver que o remetente desta carta era o assassino, Sirius Black.

Dumbledore imaginou o que poderia ter acontecido, e logo começou a interligar as coisas: Ou Black raptara Remus, ou Remus fora atrás de Black. Quando abriu a carta para ver o conteúdo nela escrito, surpreendeu-se novamente, aquela carta era nada menos do que o lado da história de Black, onde ele afirma que de última hora o casal havia decidido escolher Pettigrew como fiel do segredo, que — segundo as informações que havia recebido — fora assassinado nesta tarde por Black, sempre imaginou que havia um traidor entre eles, mas a ideia de que Peter seria ele nunca viera em seus pensamentos. No final da carta, Black dizia que estava com Harry e queria a ajuda de Lupin para criá-lo, e também havia um ponto de encontro estabelecido. "Largo Grimmauld", este nome não lhe era estranho, tinha total certeza que era um local habitado em sua maioria por trouxas. No entanto o local onde Black está escondido deveria possuir feitiços de proteção anti-trouxa, supondo é claro, que o esconderijo de Black estava situado naquele local. Dumbledore acreditou na versão da história narrada por Sirius, e decidiu então queimar a carta para que pessoas indesejáveis não a leiam, provavelmente Lupin havia esquecido de o fazer quando terminara de ler a carta, tamanha felicidade e alívio.

   A alguns quilômetros dali dormia um pequeno Harry, sem preocupações, sem saber que era famoso, sem saber que, naquele momento, pessoas de todo o país brindavam:

—À Harry Potter, o menino que sobreviveu!

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Oie, tô de volta! 

As minhas férias começaram, e sabe o que isso significa? Mais tempo livre para escrever a fic yaaaay :D

Eu continuarei postando caps novos nos dias que disse à vocês(Segunda, quarta, sexta, sábado e domingo) me dei liberdade nas terças e quintas porque eu não sou de ferro né galera

É isso meus xuxus! Até amanhã

É isso meus xuxus! Até amanhã

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O Marotinho - E se o Harry fosse criado por WolfStar?Onde histórias criam vida. Descubra agora