Capítulo XI: Conhecendo o ambiente

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— Ali, olha.

— Onde?

— Ao lado do garoto alto de cabelos vermelhos.

— De óculos?

— Você viu a cara dele?

— Você viu a cicatriz?

Os murmúrios acompanharam Harry desde a hora em que ele saiu do dormitório no dia seguinte. 

A garotada que fazia fila do lado de fora das salas de aula ficava nas pontas dos pés para dar uma espiada, ou ia e vinha nos corredores para vê-lo duas vezes. 

Harry se sentia bastante incomodado, era como se ele fosse um animal de zoológico, às vezes tudo que ele queria era se virar e mandar todos eles irem à merda, mas não o fazia pois tinha bons modos, além do mais ele também estava tentando se concentrar para encontrar o caminho para suas aulas e era um tanto difícil de fazê-lo quando se é rodeado por pessoas cochichando e apontando para si. 

Havia cento e quarenta e duas escadas em Hogwarts: largas e imponentes; estreitas e precárias; umas que levavam a um lugar diferente às sextas feiras; outras com um degrau no meio que desaparecia e a pessoa tinha que se lembrar de saltar por cima. Além disso, havia portas que não abriam a não ser que a pessoa pedisse por favor, ou fizesse cócegas fingiam ser portas. Era também muito difícil lembrar onde ficavam as coisas, porque tudo parecia mudar frequentemente de lugar. As pessoas nos retratos saíam para se visitar e Harry tinha certeza de que os brasões andavam. Os fantasmas também não ajudavam nada. Era sempre um choque horrível quando um deles atravessava de repente uma porta que a pessoa estava querendo abrir. Nick Quase Sem Cabeça ficava sempre feliz de apontar a direção certa para os alunos de Grifinória, mas Pirraça, o Poltergeist, representava duas portas fechadas e uma escada falsa se a pessoa o encontrasse quando estava atrasada para uma aula. Ele despejava cestas de papéis na cabeça das pessoas, puxava os tapetes de baixo de seus pés, acertava-as com pedacinhos de giz ou vinha sorrateiro por trás, invisível, e agarrava-as pelo nariz e guinchava:

"PEGUEI-A PELA BICANCA!"

Pior que o Poltergeist, se é que era possível, era o zelador, Argo Filch. Harry e Rony conseguiram conquistar sua má vontade logo na primeira manhã. Filch encontrou-os tentando forçar caminho por uma porta que, por azar, era a entrada para o corredor proibido no terceiro andar. Ele não quis acreditar que estavam perdidos, pois tinha certeza de que estavam tentando arrombá-la de propósito e ameaçava trancá-los nas masmorras, bom, de fato Harry estava, mas Rony só estava com ele por estar perdido, e Harry apoiou-se na desculpa do amigo.

Filch tinha uma gata chamada Madame Nor-r-r-a, como quem ronrona, um bicho magro, cor de poeira, com olhos saltados como lâmpadas, iguais aos de Filch. Ela patrulhava os corredores sozinha. Se alguém desobedecesse a uma regra em sua presença, pusesse o dedão do pé fora da linha, ela corria a buscar Filch, que aparecia, asmático, em dois segundos. Filch conhecia as passagens secretas da escola melhor do que ninguém e podia surgir de repente como um fantasma. Os estudantes a detestavam e a ambição mais desejada de muitos era dar um bom pontapé em Madame Nor-r-ra — Não que Harry já não tenha o feito — Um belo dia a noite a caminho da floresta proibida, Harry fora seguido por Madame Nor-r-ra, o garoto então se aproveitando das circunstâncias deu um pontapé na gata por debaixo da capa de invisibilidade na qual herdara de seu pai. Isso acabou resultando no garoto voltando rapidamente ao seu dormitório, pois Filch começara a rondar os portões.

Além disso, havia as aulas em si. Tinham de estudar o céu da noite pelo telescópio toda quarta-feira à meia-noite e aprender os nomes das diferentes estrelas e os movimentos dos planetas na aula de astronomia. Três vezes por semana iam para as estufas de plantas atrás do castelo para estudar herbologia, com uma bruxa baixa e gorda chamada Profa. Sprout, com quem aprendiam como cuidar de todas as plantas e fungos e descobriam para que eram usados. Sem favor, a aula mais chata era a de História da Magia, a única matéria ensinada por um fantasma. O Prof. Binns era realmente muito velho quando adormeceu diante da lareira na sala dos professores e levantou na manhã seguinte para dar aulas, deixando o corpo para trás. Binns falava sem parar enquanto eles anotavam nomes e datas e acabavam confundindo Emerico, o Mau, com Urico, o Esquisitão.

O Prof. Flitwick, que ensinava Feitiços, era um bruxo miudinho que tinha de subir numa pilha de livros para enxergar por cima da mesa. No começo da primeira aula ele pegou a pauta e quando chegou ao nome de Harry soltou um gritinho excitado e caiu da pilha, desaparecendo de vista. O que deixou Harry um tanto constrangido. Já a Profa. Minerva era diferente. Severa e inteligente, fez um sermão no instante em que eles se sentaram para a primeira aula. 

— A Transfiguração é uma das mágicas mais complexas e perigosas que vão aprender em Hogwarts. Quem fizer bobagens na minha aula vai sair e não vai voltar mais. Estão avisados. Transformou, então, a mesa em porco e de volta em mesa.

Harry ficou espantado, pois após ouvir os diversos discursos de Sirius sobre a Profª McGonagall, Harry esperava alguém um pouco mais simpática.

Todos ficaram muito impressionados e ansiosos para começar, mas logo perceberam que não iam transformar os móveis em animais ainda por muito tempo. Depois de fazerem anotações complicadas, receberam um fósforo e começaram a tentar transformá-lo em agulha. No fim da aula, somente Harry e Hermione Granger produziram algum efeito no fósforo; a Profa. Minerva mostrou à classe como os fósforos de ambos ficaram todo prateados e pontiagudos e deu um raro sorriso aos dois alunos.

A matéria que todos estavam realmente aguardando com ansiedade era a de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas as aulas de Quirrell foram uma completa piada.

Sua sala cheirava fortemente a alho, que todos diziam que era para espantar um vampiro que ele encontrara na Romênia e temia que viesse atacá-lo a qualquer dia. Seu turbante, contou ele, fora presente de um príncipe africano como agradecimento por tê-lo livrado de um zumbi incômodo, mas os alunos não tinham muita certeza se acreditavam na história. Primeiro porque, quando Simas Finnigan pediu ansioso para Quirrell contar como liquidara o zumbi, Quirrell ficou vermelho e começou a falar do tempo; segundo porque eles repararam que havia um cheiro engraçado em volta do turbante, e os gêmeos Weasley insistiam que devia estar cheio de alho também, de modo que Quirrell estava protegido em qualquer lugar. Tirando isso havia tanto para aprender que até gente como Rony na qual viera de família inteiramente bruxa não estava tão adiantada assim. 

—O que temos hoje? - perguntou Harry a Rony enquanto punha açúcar no mingau de aveia.

— Poções duplas com o pessoal da Sonserina. Snape é diretor da Sonserina. Dizem que sempre protege eles. Vamos ver se é verdade.

— Aposto que é verdade. — Snape, rival de seu pai na época de escola, pelo que Sirius disse era completamente fascinado por artes das trevas. Mas Remus sempre defendeu que o homem havia mudado. — Gostaria que Minerva nos protegesse.

A Profa. Minerva era diretora da Grifinória, mas isso não a impedira de dar aos seus alunos uma montanha de dever de casa no dia anterior. Naquele instante chegou o correio. Edwiges trazia cartas de seus padrinhos e caixas de doces para Harry de vez em quando. Às vezes entrava para beliscar sua orelha e comer um pedacinho de torrada antes de ir dormir no corujal com as outras corujas da escola também. A coruja esvoaçou entre a geleia e o açucareiro e deixou cair um bilhete no prato de Harry. Ele o abriu imediatamente.

Prezado Harry,

dizia numa letra muito garranchosa.

Sei que tem as tardes de sexta-feira livres, então será que não gostaria de vir tomar uma xícara de chá comigo por volta das três horas? Quero saber como foi a sua primeira semana.

Hagrid.

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I'M BACK BITCHES! (*^▽^*)

Eu não sei vocês, mas eu estou muito ansiosa para outubro(Quem acompanha o Cellbit vai entender essa huehue)

Oh meu Deus, estou postando com frequência, o que aconteceu???

Sei lá, eu tô inspirada (~ ̄▽ ̄)~

Fiquem com Deus, adios UwU

O Marotinho - E se o Harry fosse criado por WolfStar?Onde histórias criam vida. Descubra agora