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"Seven months, two weeks and seven dayz
Since I was so easily replaced"
Not Ok -
Kygo. 



 
 
7 meses atrás...
 
 
Annabeth Chase destrancou a porta do seu apartamento totalmente desolada. Ela, logo ela, não conseguia pensar em nada e nem ao menos raciocinar algo, por mais simples que fosse. Estava em choque, mas não surpresa, sabia que isso aconteceria. Seu olhos olhavam, mas ela não enxergava nada. Fazia tudo no automático. Tinha chegado em casa sem prestar atenção em nada. Durante o caminho, nas ruas, a garota atravessou uma faixa de pedestres, mas sem fazer o sinal para atravessar. Ela sentiu seu subconsciente avisando que vinha um carro e pensou por alguns instantes que o carro não reduziria a velocidade e a atropelaria. Se conformava de que fosse morrer, mas mesmo assim, sua cabeça não a fez atravessar mais rápido, ao contrário, ela queria que a matassem. Estava tão aérea, que mesmo após sua cabeça lhe dizer que ela quase fora atropelada, ela continuou neutra, como se não fosse nada demais. E engolindo o choro, Chase entrou e fechou a porta. Ela suspirou.

– Annabeth? – Escutou em segundo plano sua mãe lhe chamando. A sra. Atena segurou o ombro da filha após não obter uma resposta. – Como foi?

– Ah, legal.

Chase nem se lembrou que não havia contado para sua mãe.

E foi para o quarto involuntariamente.

Atena Olympian Chase olhou de soslaio para a porta de madeira do quarto da filha e sabia exatamente o que tinha acontecido. A mais velha, no mesmo momento, decidiu o que faria.
 
 
 
Dias atuais...
 
Chase tinha que admitir, Percy era um ótimo amigo, e, antes, ela estava respondendo-o apenas por educação.

Claro que ela sabia que ele tinha outras intenções com ela, igual aos outros que puxam conversa com ela. Porém, diferentemente do resto dos garotos, Percy manteve a conversa durante três dias. Não o dia inteiro, claro, os dois marcaram de conversar durante um período do fim da tarde, por causa de suas atividades. Chase estudava de manhã e no contra período (por conta própria) para as provas e aperfeiçoava suas redações. Fora que ela tinha aulas de francês e espanhol e as lições que sua mãe – renomada arquiteta, engenheira e designer de um famoso escritório de negócios – ensinava a ela. Já Percy, Chase descobriu, estudava de tarde e de manhã fazia natação e corrida.

Percy estava uma série na frente de Chase, o que a deixava surpresa já que os garotos do último ano se achavam porque em apenas um ano iriam para a faculdade e porque todas as garotas queriam pegar eles. Percy era gentil, divertido e... interessante.

Ah não. Não, não, não. Por favor não. Foco, Annabeth, foco, ela chamou-se a atenção. Não começa com isso, não começa a pensar nele. Tudo começa assim. Foco.

Ela abriu sua mochila e pegou seu caderno de desenho, que ela negava-se a chama-lo assim, e ignorou a professora de literatura que dava aula. Preciso fazer isso, pensou.

McLean olhou a amiga. Ok, é sexta, mas, Anna, não é hora para isso, pensou a morena.

– Psiu... – McLean chamou de lado a Chase. – Anna...

Chase virou abruptamente o rosto para olhar para o lado oposto.

– Annabeth... – sussurrou novamente.

– O que foi? – Chase olhou para a amiga.

Curta e direta, às vezes me pergunto se isso é uma qualidade, reclamou McLean.

– Como conselheira real sua, sugiro que guarde seus projetos de engenharia, ou sei lá o quê, para depois. Calíope não vai gostar de ver você desenhando durante uma das lidas das poesias de Dante – McLean disse olhando para a amiga.

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