capitulo 7

879 112 48
                                    

Ela não fazia ideia de como tinha ido parar na casa de Luka. O moreno a olhava, sorrindo. Ainda desnorteada, ela perguntou:

- O que aconteceu a noite passada?

Luka riu.

- Você desmaiou. Eu não consegui te levar pra' casa, então a trouxe pra' cá. E caso esteja se perguntando....essa blusa é minha, você vomitou no seu vestido. Eu já lavei ele pra' você.

Ela tentava raciocinar no meio do caos que estava sua mente. As memórias da noite anterior vieram com tudo.

- Você deve ter bebido horrores ontem a noite....

A azulada negou firmemente com a cabeça.

- Foram só uns goles. Eu não gosto muito.

Ele riu, tirando os fios azulados da testa.

- Então tá explicado. Você é fraca pra' bebidas, Marin... Não faça mais isso, okay? Fiquei preucupado.

Ela levou a mão à cabeça, massageando as têmporas com a ponta dos dedos, sentindo uma enorme dor de cabeça.

- Você deve estar de ressaca...vou buscar algo pra' você comer – ele se levantou, indo até a porta do quarto.

- Acho que um remédio dá pro gasto. Tenho uma reunião com patrocinadores, lembra?

Ele riu, se aproximou da mestiça e depositou um selar em sua testa.

- Deixa de ser mandona só um pouco. Me deixa cuidar de você. Descansa, tá bom?!

E saiu. Deixando uma Marinette confusa para trás. Ela olhou para os lados. Por mais incrível que possa parecer, Marinette nunca havia ido no apartamento que Luka dividia com a irmã em todos esses anos de amizade.

O quarto esbanjava a personalidade do moreno. Pôsteres de bandas alternativas estampavam as paredes pretas do quarto, pendurada em cima da cama, havia uma guitarra que o próprio Jagged Stone assinara. Havia um lustre com lâmpadas caindo, que deixava o quarto ainda mais pessoal e a cara de Luka.

- Vou preparar uma torradas pra' você, Marin! – a voz do moreno veio da cozinha, juntamente com um cheiro de café.

O estômago dela deu uma cambalhota. Se levantou, vendo que a blusa de Luka era basicamente o dobro do seu tamanho, a cobrindo até os joelhos.

Ela foi até a cozinha, se guiando pelo cheiro. Se tinha uma coisa que ela aprendera ao morar em cima de uma padaria, era se guiar pelo cheiro.

Chegou na cozinha, viu Luka na frente do fogão, os cabelos presos em um mini rabo de cabelo. Ele estava de costas para ela. A azulada pigarreou, chamando a atenção do moreno.

- Se bem me lembro, eu disse que era pra' você descansar, Marin – falou, se virando, com uma jarra de café na mão.

A mestiça se sentou na cadeira.

- Muito bem, então – Luka pegou uma xícara do armário e a colocou na frente da morena, colocando um pouco do café fumegante na xícara, a azulada viu vapor saindo – é sem açúcar, ajuda com a ressaca.... E nem me pergunte como eu descobri isso – ele disse, ao ver o olhar indagador da mais nova – vou terminar as torradas

Ele se virou e foi até a geladeira, pegou manteiga e a passou em algumas torradas que tinha assado.

A azulada segurou a xícara com as duas mãos e começou a soprar, bebericando pequenos goles. Quase queimou a língua.

Luka viu e riu.

- A apressadinha de sempre. Paciência é uma virtude, sabia, Marin?!

A azulada sorriu, fazendo uma careta fofa.

Ao estilo dos anos 50 Onde histórias criam vida. Descubra agora