capitulo 15

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O desfile começou normal, tudo cronometrado e tudo perfeito. A cada modelito, as pessoas aplaudiam. Eu conseguia ouvir dos bastidores os comentários e ficava encantada quando algum crítico elogiava minhas criações.

Acho que o que representou o desfile foi união e apoio, vindo tanto de mim quanto de Gabriel Agreste, ele me ajudava quando precisava e eu fazia o mesmo. Trabalhar com meu estilista favorito foi um sonho.

E aquele, mesmo não sendo o nosso primeiro desfile juntos, representou muitíssimo para mim.

Quando Adrien entrou na passarela, vestindo um terno da marca Agreste’s todos enlouqueceram. Os aplausos foram audívei, assim como os berros e a claridade dos flashs.

Desde que o desfile começou, eu e o Agreste não nos falamos mais e durante esse tempo, eu tentava pensar em uma escapatória.

Mas antes de tudo, eu precisava ter certeza que Adrien me amava como ele falava.

Assim que a última modelo saiu da passarela, eu e Gabriel entramos, fomos recebidos com muitos aplausos. Aquele momento foi especial, não, foi magnífico. Um momento que eu quis guardar para toda a vida.

Alguns jornalistas vieram perguntar sobre as criações, onde tivemos inspiração para as roupas, como tivemos a ideia de trabalharmos juntos e alguns até elogiaram as fotos que fiz com Adrien, naquele momento, minhas bochechas se tingiram de rouge.

Gabriel respondia calmamente, já que ele já estava acostumado com muitas entrevistas. Já eu tentei me manter confortável.

Assim que voltamos para os bastidores, meus amigos e familiares vieram me elogiar. Alya praticamente pulou em cima de mim, me apertando em um abraço gostoso.

- Estou tão orgulhosa de você, Girl – ela cochichou no meu ouvido, se afastando. Sorri para ela, antes de ser arrancada de seu abraço pelos meus pais, que me deram mais um abraço.

Minhas amigas ficavam elogiando as roupas e me disseram qual foi a preferida delas.

- A minha preferida foi aquele conjunto jeans com figuras geométricas. Foi perfeito – disse Alix, apontando para o conjunto ainda no corpo da modelo.

- Meninas? E ninguém tá falando desse macacão que a Marin tá vestindo? – disse Alya, me rodando – simplesmente perfeito. Quero um.

Dou uma risadinha, meio tímida.

- Vocês são as melhores – falei, puxando todas para um abraço. Eu poderia passar anos dentro daquele abraço.

E foi nesse momento que as coisas começaram a dar errado.

Olhei para a entrada dos bastidores e apoiado no batente da porta, estava Luka, com um ramalhete de rosas brancas na mão, revestida de celofane cor de rosa claro.

Ele sorriu na minha direção, vindo até mim.

As meninas se afastaram, Juleka acenando pro irmão, saindo com o braço ao redor do ombro da namorada.

O problema é que no momento que Luka se aproximou mais, senti um braço em minha cintura e um ramalhete de rosas vermelhas na minha frente.

Olhei para trás, vendo Adrien com o ramalhete nas mãos, me mostrando seu melhor sorriso.

Luka parou na minha frente, o ramalhete de rosas brancas estendido na minha frente. E o braço de Adrien continuava ao meu redor.

- Parabéns, Marin.

- Parabéns, joaninha.

O fato deles terem dito a frase ao mesmo tempo me confundiu. Sorri para os dois, como se eu estivesse completamente confortável com a situação. O ar se tornou mais tenso, quase palpável.

Ao estilo dos anos 50 Onde histórias criam vida. Descubra agora