capitulo 16 - Final

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Já fazia uma semana que ela fora para a Inglaterra, sem dar explicações para ninguém exceto os pais e Alya.

Um tempo longe de tudo faria bem à ela, um tempo onde ela poderia colocar os sentimentos em perspectiva, para analisá-los bem.

Um tempo longe do emprego e principalmente, de Adrien.

Não que ela ficasse sem fazer nada, ela ainda desenhava e pensava sobre sua próxima coleção. Mas ela se afastara das preocupações. Tudo que ela fazia era mandar os comandos para seu assistente e bum, tudo resolvido.

O clima de Londres estava ameno, com uma temperatura agradável.
Então ela apostou em botas, coturnos cachecóis, a maioria feito por ela.
Marinette gostava de andar pela cidade ao amanhã, em que os raios do sol, um tanto tímidos, davam o ar da graça para saudar o dia.

Naquela manhã em especial, a cidade estava enevoada, devido à garoa que cobriu a cidade de madrugada. Os vidros dos carros estavam embaçados e com gotículas minúsculas de orvalho matinal.

A temperatura estava mais fria, quase 10°, algumas pessoas eram vistas já trafegando pelas ruas da capital inglesa, indo para o trabalho.

A semana que a azulada passou na capital a fez aprender muito sobre a cultura da cidade e do país. E tinha uma coisa que os ingleses gostavam e tinham o hábito de fazer: o tão famoso chá. Não era necessariamente às cinco, como muitos dizem. Os ingleses tomavam quando quisessem, de manhã, de tarde e alguns a noite.
A mestiça caminhou até o cafe a que estava acostumada a ir de manhã.

Outra coisa que mudou na rotina da azulada foi a comida. Seu café da manhã que antes era panquecas e croassants fresquinhos, se tornou ovos, salsichas e bacon. Podendo haver uma chá fraco com leite para acompanhar.

Mas tudo era muito saboroso e fazia a mestiça ficar de bom humor para o resto do dia.

A maioria dos ingleses que ela conheceu eram educados e simpáticos para com ela, mas ainda assim havia alguns mau humorados no metrô pela manhã.

Marinette estava gostando mesmo de passar seus dias de descanso - como a própria nomeara – em um lugar tão adorável.

Ela alugara um apê perto da entrada principal do metrô, e com isso ouvia alguns ruídos do trem passado pelos trilhos. Mas nada muito importunante.

Naquela manhã, ela decidiu focar mais no seu trabalho, então assim que terminou seu café da manhã, voltou para o apê.

O apê não era cheio de regalias, mas era acima de tudo aconchegante e o melhor, quentinho.

Pegou seu computador e se sentou no sofá, com o aparelho a tiracolo, pronta para resolver suas pendências.

Seu e-mail estava cheios de mensagens dos pais e de suas amigas, principalmente Alya. Todos mandavam os emails pela manhã, já que o fuso horário era meio complicado, mas não tão tardio, apenas algumas horas de diferença.

Os emails que sua empresa mandavam eram fixados e ela viu vinte da empresa que seu assistente mandara.

Depois que resolveu as questões da empresa, passou a cuidar do seu pessoal. Mandou mensagens para seus pais, repletos de emojis de coração e de flocos de neve. E mandou mensagens para suas amigas, relatando seus dias e como era bom não ter ninguém no seu pé pedindo para lhe trazer mais desenhos e criações. Como a própria descreveu, era libertador.

Com Alya, foi diferente. Elas passaram boa parte da manhã e do almoço em uma vídeo chamada, com a caucasiana informando a azulada de tudo que acontecera na capital francesa.

“ O tempo aqui está meio friozinho, mas não tanto”

Marinette, que havia feito um chá para si, assoprou a caneca, sentindo o vapor quente em sua face.

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