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Há um segundo de silêncio em que Tayler apenas me encara, a luxúria e o desejo dançando por seus olhos azuis que no momento percorrem meu rosto em busca de alguma dúvida. Sei que ele não vai encontrar, pois é isso que eu quero. Quero desde que coloquei meus olhos nele pela primeira vez, com a sua motocicleta barulhenta e os braços cobertos de tatuagens. A quem eu estive querendo enganar durante todo esse tempo? Tayler era o tipo de garoto que eu sempre imaginei em meus sonhos, aquele que apareceria e me faria questionar tudo que acreditei um dia, capaz de virar meu mundo de cabeça para baixo em um estalar de dedos.

- Isso você já é faz tempo Amber - Tayler sussurra, abrindo um sorriso de lado, antes de colar sua boca à minha outra vez, levando sua língua ainda mais fundo.

Se você me perguntar, eu jamais conseguiria descrever a sensação de beijá-lo. Mas acho que o termo mais adequado é aquele que usei para o nosso primeiro beijo, dentro do armário do quarto dele: parece que estou subindo aos céus e sendo jogada ao inferno alguns segundos depois. É tão prazeroso que chega a doer. Nunca saltei de paraquedas, mas também me parece uma boa comparação.

Então é razoável pensar que meu lado racional não está mais no comando, quando ele me toca da forma que está fazendo agora, deixando que a sensação de prazer domine todo e cada pedaço do meu corpo. Tayler me puxa pelos quadris, segurando minhas pernas ao redor de sua cintura enquanto caminha pelo corredor escuro. Nossas bocas não se desgrudam nem mesmo quando ele tira uma das mãos ao meu redor para abrir uma das portas, adentrando em um quarto com as paredes pintadas em um tom avermelhado.

Sou deixada sobre a cama e ele apoia um dos joelhos entre minhas pernas, se afastando um pouco para me olhar, analisando meu corpo coberto apenas pelas duas peças de renda preta. Tayler não liga a luz, mas as cortinas estão abertas, e a luz dos postes que chega pela imensa janela de vidro é suficiente para que eu consiga enxergá-lo, principalmente o movimento dos seus músculos quando ele se estica para tirar o blazer e jogá-lo no chão.

- Não sei se quero te olhar assim, ou prefiro você sem isso - Seus dedos percorrem a lateral de minhas costelas, esbarrando no tecido rendado de minha lingerie até chegar ao encaixe do fecho de meu sutiã, torcendo-o para soltar - Tira.

Arqueio as costas a fim de facilitar seu acesso e nós dois gememos quando nossos quadris se encontram no meio do caminho. As alças raspam na pele sensível do meu braço conforme ele as retira, deixando que a peça caia ao nosso lado, em cima dos lençóis brancos da cama. Tayler se inclina de novo, para beijar meu pescoço, sugando a pele entre os lábios, me provocando. Tento tocá-lo, mas estou sendo impedida pelo excesso de roupas nele. Minhas mãos tateiam o botão de sua calça, tentando não me distrair com a sensação de seus lábios brincando perigosamente perto dos meus seios, beijando o alto de um deles. Deslizo o jeans por suas coxas até onde eu consigo, empurrando um pouco com os pés, mas travando no ponto em que seus joelhos estão apoiados na cama. Tayler se ergue sobre a cama para terminar de tirá-la e faz o mesmo com a camiseta branca.

Quando ele volta por cima de mim, seu nariz traça um caminho por meu quadril, antes dele cheirar minha pele e lamber um longo pedaço na proeminência acima da renda da calcinha. Antes que eu me dê conta, seus dedos compridos afastam o tecido para o lado e ele me provoca esfregando dois deles em mim. Envolvo seu pescoço com um dos braços, sentindo a necessidade absurda de tocá-lo, de me segurar em algo, para ter certeza que aquilo é real e eu não estou sonhando.

Por impulso, minha mão livre desce até encontrar a barra de sua cueca e eu o acaricio lentamente, ainda por cima do tecido, apertando um pouco. O arfar que sai de sua boca é tão sensual que me faz gemer junto.

Innocent OneOnde histórias criam vida. Descubra agora