Capitulo 1

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Oi Oi gentee
tudo bem?
olha, essa é minha primeira historia de Demon Slayer (Kimetsu no Yaiba) entao espero agradar voces.
aos fãs: ESSA HISTORIA POSSUI MUITO SPOILER DO PASSADO DO SANEMI E DO GENYA.
aos que nao sao tao fãs mas se interessam pelo tema: assistam o anime e leiam o mangá. É surreal de tao incrivel!
bom, sem mais enrola, fiquem com o primeiro capitulo.

os pontos de vista da Historia mudam. Esse capitulo é narrado pela Saori, o proximo será pela Mariko e assim vai.

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CAPITULO 1

Nossa mãe era bem pequena. Genya ainda com pouca idade era mais alto que ela. Mas o que tinha de pequeno porte compensava em esforço e trabalho duro. E de coração puro, apesar do que passava nas mãos de nosso pai.

Nosso pai era um lixo de ser humano, se é que ele poderia ser chamado de humano. Sempre voltava bêbado para casa e tentava nos agredir, mas mamãe entrava na frente, como uma leoa, protegendo os filhos. Ela sequer hesitava. No final, quando ele se cansava, largava ela jogada no chão, completamente ferida, e se trancava no quarto. Sanemi, Mariko e eu íamos socorre-la e cuidar de seus ferimentos.

Sanemi e eu somos os mais velhos. Mesmo gêmeos e sendo eu a mais velha, meu irmão insiste de que é dever dele nos proteger. Eu admiro isso, mas não sou fraca, posso muito bem me proteger. Eu só engulo suas palavras pois sei que não conseguiria proteger todos nós.

Somos em 9 irmãos: Sanemi e eu, Genya, Sumi, Teiko, Mariko, Hiroshi, Koto e Shuuya. Com todos esses filhos mais o marido que gastava todo seu dinheiro em jogos e bebidas, nossa mãe não conseguia nos sustentar sozinha. Mas ela nunca reclamou.

-Sanemi Nii-san você não pode trabalhar tanto. - Eu reclamava com meu gêmeo toda vez que ele chegava morto de cansaço, mas sempre ostentando um sorriso no rosto ao ver os caçulas se alimentando bem.

-Saori eu preciso cuidar de vocês. - Ele sempre me respondia a mesma coisa. – Como aquele verme não cuida de nós, é meu dever como homem da casa cuidar e proteger vocês.

Nossas conversas eram sempre escondidas, pois ao mesmo tempo que eu o dava um sermão por trabalhar demais, cuidava das suas feridas conquistadas no trabalho duro.

Aos 10 anos, meu irmão ostentava o dorso e os braços e pernas quase que completamente cobertos por cicatrizes ganhadas nos seus muitos trabalhos. Mas eu nunca o vi reclamar. Sanemi é a criança mais gentil que conheço.

Um dia pudemos finalmente respirar de alivio com a notícia que nossa mãe nos deu.

-Crianças, o papai não vai voltar para casa. - Disse ela aos pequenos que não demonstraram tristeza. Apenas alivio foi visto em nossos rostos. Mas, quando todos os menores dormiram, mamãe chamou a mim, Sanemi e Genya em seu quarto e nos contou o que realmente tinha ocorrido com nosso pai. - As dívidas acumuladas em jogos por ele foram pagas com sua vida.

Não ficamos tristes. Ele mereceu tudo de ruim que ocorreu consigo, a morte foi o mínimo.

Passamos por tempos difíceis, mas logo aos 12 anos conseguimos nos estabilizar e ajudar nossa mãe.

Sanemi e Genya, por serem os filhos (homens) mais velhos, faziam trabalhos braçais e traziam uma pequena renda para casa. Mamãe lavava roupas de senhoras ricas e eu costurava alguns tecidos dessas mesmas senhoras. A renda que todos juntos ganhávamos era o suficiente para pagar as dívidas da casa (deixadas por meu pai) e nos alimentar.

Estávamos bem, estávamos felizes.

Mas nem tudo na vida são flores. A paz de um pobre e puro de coração dura pouquíssimo.

Éramos felizes.

Até aquele dia.

-A mamãe ainda não voltou, e já está muito tarde. - Comentou Mariko encolhida ao meu lado. Acariciei seus cabelos albinos (como os meus e de Sanemi) e lhe ofereci um sorriso, escondendo toda minha preocupação.

-Ela vai ficar bem, Sanemi Nii-chan foi procura-la. - Respondeu Genya em meu lugar. Lhe sorri, vendo o mesmo retribuir com um quê de preocupação, não tão bem disfarçado, e lhe estendi a mão tentando passar um pouco de conforto para sumir com suas preocupações.

-Ela está bem. Sanemi é forte vai protege-la caso algo ocorra. - Olhei um pouco preocupada para onde Sumi estava. Ela estava mais preocupada e aflita que todos e ficava observando a cada 5 minutos pela fresta da janela.

-Mas Nee-chan, ela nunca demorou tanto assim. - Choramingou Sumi me olhando da janela- veja, o sol está se pondo.

-Logo, logo eles-

Fui interrompida bruscamente por batidas fortes na porta. Eram absurdamente fortes e dava para ouvir um grunhido do lado de fora.

-MAMAE!

-MAMAE CHEGOU!

-NÃO! ESPEREM! PODE NÃO SER A MAM- –Genya largou Shuuya deitado e tentou impedir quem-quer-que-fosse na porta de entrar. Agarrei Mariko e me encolhi no canto da parede, apertando-a contra mim. O que quer que estivesse na porta, entrou.

Os próximos segundos foram muito rápidos. Algo entrou e estraçalhou meus irmãos na minha frente. Seria um lobo?

Mariko soltou um gemido de susto e a coisa se virou para nós.

Seus lábios e suas mãos estavam cobertos do sangue de meus irmãos. Seus olhos estavam vazios, sem vida. Aquela coisa que assassinou meus irmãos e cortou o rosto de Genya era nossa mãe.

E ela estava pronta para devorar as que sobraram.

Coloquei Mariko atrás de mim e me preparei para protege-la a todo custo. Com lagrimas nos olhos, olhei para o que um dia fora minha mãe e a chamei.

-Ma-mae! Por favor não faça is-

Não pude terminar. A dor que atravessou o lado direito do meu rosto foi tão absurda e rápida que mal tive tempo para impedir. Logo estava sendo jogada do outro lado da sala, atravessando a fina parede de bambus e lona de nossa sala e pousando por cima dos escombros.

Pude sentir quando um desses bambus me perfurou entre os vãos de minha costela e a dor inrromper dentro de mim. Era absurdo o que estava sentindo.

Meu corpo todo doía. Minha consciência ia e vinha. O preto tomava lugar rapidamente em minha visão, mas pude assistir minha mãe se aproximando de mim, com aquele olhar mortífero e faminto e Mariko se jogando em minha frente.

-Mariko... não. - Minha voz não passou de um sussurro doloroso e engasgado com o sangue subindo rapidamente em minha garganta. Mas minha pequena irmã não ouviu.

Com lagrimas no único olho que me restava eu pude ver a coisa que um dia fora minha mãe arranhar e arrancar pedaços dos braços de minha pequena irmã e come-los enquanto parecia sentir prazer em ouvir seus gritos.

Ela foi jogada bruscamente em cima de mim quando um vulto branco, que logo pude reconhecer como Sanemi por seu grito, se jogando com toda sua pouca força para cima de minha mãe a lançando para fora da casa.

-GENYA, CORRA! - Ele sequer parou até travessar a pequena varanda e cair no meio da rua com aquele monstro.

Mariko gemia sôfrega de dor por cima de mim enquanto eu tentei mover minha mão para pegar a sua. O único movimento que consegui fazer foi o de entrelaçar nossos mindinhos, o que a fez choramingar um pouco mais baixo, mas ainda com muita dor.

-N. nee chan.… es. stá a..qu..i  Mari..k..ko- com minha pouca voz, tentei lhe confortar. Apesar de eu mesma precisar de conforto.

Minhas lagrimas caiam enquanto vi os cadáveres do que um dia fora meus irmãos e via Genya correndo para fora em busca de Sanemi ao mesmo tempo que sentia a respiração dolorosa de minha irmãzinha e a minha própria quase parando, talvez pelo sangue que possa ter entrado em meus pulmões com a perfuração de meu pulmão.

Minha consciência oscilou com mais força e eu me permiti deixar minha vida nas mãos do destino.

As Irmãs ShinazugawaOnde histórias criam vida. Descubra agora