Capítulo 03

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Pedro Henrique

Acordei ouvindo uns grito e eu conhecia direitinho a voz da filha da puta.
Olhei no telefone 07:45.

Botei uma bermuda e desci vendo a Nanda brigando com o T2.
Esses dois aí não fode mas também não sai de cima, brigam pelo vento que bate errado e eu nem me meto, já se enfiaram a porrada e tudo.

Ph: Ôôô, que porra é essa? São sete da manhã ainda, mano.- falei descendo a escada.

T2: Tua irmã é maluca, arruma caô nada.

Nanda: Você ainda não me viu maluca, T2 e nem queira ver.

Ph: Irmão, eu to pouco me fodendo pra vocês, o bagulho vai ser se vocês fizeram escândalo aqui porra, vão se resolver na rua.

T2: To ganhando o meu, cansei- ele saiu

A Nanda sentou no sofá e passou a mão na cabeça.
Acaba comigo ver minha irmã assim, se ligou, mas parece que gosta, sabe que o cara não vale o chão que pisa e ainda vai atrás.
Essa aí nasceu mermo pra ser mulher de bandido, parece que quanto mais bate, mais ela gosta.

Nanda: Bora pra praia hoje a noite?

Ph: Colo na tua casa as 23h.

Nanda: Vou ficar aqui mermo.

Ph: Vou pra boca.

A Nanda é a irmã que a quebrada me deu.
Tá comigo desde menor mermo, os pais dela morreram, ela era novinha. Não sabia dos bagulho que os coroa dela faziam. Morreram por grana e droga, foda né, quer entrar pro corre, mas não tem peito pra buscar.
Minha coroa chamou ela pra morar com nós e ela veio, depois comprou uma casinha pra ela, mas vive aqui.

********

Tomei um banho, botei uma bermuda, meu bagulho tudo, minha arma e desci vendo a Nanda com a coroa no sofá.

Isis: Japonês tava perguntando de tu.

Ph: To indo pra lá agora.

Isis: Vai com cuidado, meu filho.

Ph: To com Deus, pô.

Isis: Que esteja mesmo.

Ph: Se tu não tiver pronta quando eu chegar, tu fica.

Nanda: Tá bom.- ela falou impaciente.

Dei um passada na barreira e dei de cara com japonês.

Ph: Fala pra mim, qual foi?

Japonês: Os menorzin que estavam arrumando caô ali, mas já era.

Ph: Jae.

Dei um tempo lá resolvendo uns caô diário, Japonês saiu pra resolver um corre dos mlk aí que tá me deixando boladão e eu fui pra dona Nilda, a comida e o café da manhã dela é pica, não tem outra igual, papo reto.

Nilda: Oi meu filho.- ela me beijou.

Ph: Iai tia. Tô na fome.- rir.

Nilda: E quando tu não tá, homem? Come um boi por dia.

Ph: Ih, que nada, maior doideira.- rir e ela junto.

Nilda: Vau querer o que?

Ph: Prepara o de sempre.

Nilda: Vou mandar então.- ela saiu.

Ph: Valeu.- peguei meu telefone e esperei.

Pelas luzes do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora