Pelas luzes do Alemão

Capítulo 34

Pedro Henrique

Entrei no morro era de madrugada, quatro e quarenta e quatro da manhã, foi foda mermo.

Coringa: Vou cair aqui mermo.- ele deitou no sofá.

Ph: Bia tá aí. Terceiro quatro lá de cima.- olhei pra ele rindo.

Coringa: Tenho nada com isso não irmão, tá doido.

Ph: Colfoi vagabundo? Quer meter esse caô logo pra mim?

Coringa: Qual é quarto da Laís?

Ph: O meu.- rir.

Subi com ele até meu quarto e ela tava coberta num monte de coberta e encolhida na cama. Cheguei mais perto pra ver se ela tava de roupa e ele entrou.

Coringa: Tá paradão na doidinha mermo.- ele riu.

Ph: Eu to, meu parceiro. Eu tô.- suspirei.

Coringa: Bó trocar uma ideia, cola pra cá.

Voltamos pra sala, ele acendeu um cigarro e começou a falar.

Coringa: Laís é parada na tua desde bateu o olho em tu lá na praia.

Ph: Como tu sabe desse caô aí?

Coringa: Laís me contou. Sou padrinho irmão, sei a vida dela tudin.

Coringa: Com ela, os bagulho são 8 ou 8.000, sem papo de meio termo e tu já se ligou nisso.

Ph: To ligado, to ligado.

Coringa: Tu pensa em assumir ela?

Ph: Claro caralho.- rir.- tava com isso na mente antes desse caô todo.

Coringa: Assumir mermo Ph, botar fé, ter uns pivete maneiro, família e esses caô todo. Assumir pra botar chifre é atitude de mlk.

Ph: Ta doidão, rapa? Lais é tudo pra mim, eu amo demais aquela mulher, tá doido. To disposto a tudo por ela.

Coringa: Tá certinho mlk.- ele sorriu.

Ph: Vou ganhar o meu.- bati na mão dele e subir.

Tomei um banho que eu tava podre e morto de cansaço e caí na cama.
Olhei a Laís dormindo e puta que pariu, senti um alívio do caralho sabendo que minha mulher tava em casa e comigo.

[...]

Acordei ouvindo um som de choro, dei um pulo da cama e fui até o banheiro vendo a Laís no chão veio de termômetro na mão.

Laís: Bom dia, meu amor.- ela levantou e me abraçou forte.

Ph: Colfoi? Tu tá legal?.- segurei o rosto dela na minha direção e vi os olhos vermelhos.

Laís: Eu acho que tô.

Ph: Por que tu tá cheia de termômetro?

Laís: Isso não é termômetro.- ela riu fraco.- são testes de gravidez.

Ph: CÊ TA GRÁVIDA?.- olhei pra ela sério.

Laís: Não.- ela suspirou.- eu comprei só um porque eu tinha certeza que estava, mas deu negativo. Daí eu pedi pra um vapor comprar mais oito e os oitos deram negativos.

Ph: Nos vai ter nossa cria ainda, no momento certo ele vem.- beijei a testa dela.

Laís: Eu tava morrendo de saudade.- ela sorriu.

Ph: Tava foda dormir na cama vazia.- olhei pra ela.

Laís: Lá eu dormia com um olho aberto e o outro fechado, maior medo daquele louco.

Ph: O filho da puta fugiu com uns homem dele.

Laís: Uma hora aparece, fica tranquilo.- ela sorriu.

Ph: Bora comer?!

Laís: Já passou da hora do almoço, vida.- rir.

Ph: Então bora deitar.- beijei ela e que saudade que eu tava desse beijo.

Laís: Vamos.- ela sorriu e prendeu a perna e mim e fomos deitar.

Laís: Você não tem que trabalhar?!

Ph: Japonês da conta dos bagulho, minha meta hoje é ficar contigo.

Laís: Então fica.- ela sorriu e me abraçou.

Desliguei a televisão, cobri nós dois e abracei a mulher mais linda que eu já tinha visto, a minha.