Lais Metzeler
Tinha saído do morro, vim de uber, por mais que o Ph tivesse insistido em me trazer, eu ainda tinha que passar na faculdade e depois queria ver os pais do Fabinho.
O uber parou na frente do meu prédio, paguei e entrei.
Ricardo: Já veio da casa da Bia? Achei que iria passar o dia lá.
Laís: Eu tenho algumas coisas pra resolver.
Ricardo: Sua irmã?
Laís: Ela ta no Enzo.
Ricardo: Ainda?
Laís: A Sofia ta aqui há meses e ela não falou nada, iguais, né.
Sofia: A única diferença é que ele é o pai de vocês, né lindinha.- ela debochou.
Laís: Lindinha vai ficar a sua cara quando a minha mão parar nela, lindinda.- dei enfase ao apelidinho sem sal dela.
Ricardo: Onde você vai, filha?
Laís: Eu vou passar na facul e depois vou ver como estão os pais do Fabinho.
Ricardo: Vai fazer medicina veterinaria mesmo?
Laís: Pretendo, né.
Ricardo: Você vai conseguir, sei disso.
Laís: Valeu.- sorrir fraco.
Subi e fui tomar um banho pra lavar meu cabelo.
Deixei a água quente cair sobre meu corpo e toda tensão relaxar.
Na real, eu sempre quis ser bailarina, era meu sonho de menina e de mulher, eu ensaiava com minha avó, segundo ela, era foi uma das melhores na década de 90 e eu não duvido nada.
Eu parei de dançar quando minha mãe foi embora, na real, não parei, mas o tempo foi passando e as coisas foram mudando.Conheci o Fabinho, comecei a viajar, me envolvi com outras coisas e a dança foi ficando em segundo plano.
Terminei do banho, coloquei uma blusa branca, um short jeans claro, um tênis, fiz um rabo alto e desci.
Laís: Finalmente hein, gata.- falei vendo a Sasha entrar em casa.
Sasha: Quando você chegar, a gente vai conversar.- ela disse e subiu.
Laís: Eu hein, que loucura.
Sai e vi o Nakamura, entrei no carro e ele saiu da garagem.
Nakamura: Pra onde iremos?
Laís: Academia La Vie Danse.
Nakamura: Ok.- ele deu partida.
Depois de umas meia hora, o Nakamura parou em frente a academia e eu não pude mensurar o tamanho do meu sorriso ao lembras as coisas mais lindas que eu já vivi aqui.
Desci e entrei vendo que as coisas eram exatamente iguais, parecia uma máquina do tempo, tava tudo no mesmo lugarzinho.
Savanna: Laís???- ela me olhou.
Laís: Savanna.- sorrir e abracei ela.
Savanna: Meu deus, como você cresceu.
Laís: Faz tempo, né.- sorrir.
Savanna: Vem, a Gertrudes vai amar te ver.
Ela me puxou pra uma sala e eu vi a Gertrudes, ela foi minha primeira professora de ballet quando eu entrei aqui.
Ela tava treinando umas meninas que, se eu não engano, eram da minha idade, mais ou menos.
Savanna: Olha quem veio.- entramos.
Gertrudes: Laís, minha menina.- ela sorriu e me abraçou.
Laís: Como estão as coisas?
Gertrudes: Ensaio atrás de ensaio.
Laís: Algo importante?
Gertrudes: Iremos fazer uma recomposição de Cisne Negro.
Laís: Que incrível.- sorrir.
Gertrudes: E como tá a Sasha?
Laís: Bem, graças a Deus.
Savanna: Voce não tem vontade de voltar a dançar?
Laís: Eu não sei. Não sei se consigo voltar, se ainda tenho o mesmo talento.
Gertrudes: Quem é rainha, nunca perde a majestade.- ela sorriu.
Savanna: Volta, Laís. Você é era uma das melhores que tínhamos.
Gertrudes: Vamos fazer assim, você volta e sem pretenções, ensaia com esse pessoal e se, até lá, você quiser, você pode ser nosso Cisne Negro. O que acha?
Laís: Não já tem alguém pra ser?
Savanna: As audições começariam hoje, mas com você no elenco, a gente se garante.
Laís: Tá bom, eu volto.- sorrir.
Gertrudes: A sua mãe teria orgulho se tivesse aqui.
Laís: Mas ela foi embora e foi porque quis.
Gertrudes: Mas eu to orgulhosa. Orgulhosa da sua força e coragem.
Laís: Obrigada.-sorrir.
Savanna: Amanhã. Aqui. As seis da noite.- ela riu.
Laís: Até as..?
Gertrudes: Até as dez.
Laís: Tá bom.- sorrir.
Me despedir delas e fui pro carro. Falei com o Nakamura e ele foi em direção a faculdade.
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Pelas luzes do Alemão
Romance16|| Quando dois caminhos se cruzam Dois corpos se encontram e duas almas se conectam Nesse momento, o universo entra em sintonia com o sentimento mais bonito existe.