Capítulo 18

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Lais Metzeler

Tinha saído do morro, vim de uber, por mais que o Ph tivesse insistido em me trazer, eu ainda tinha que passar na faculdade e depois queria ver os pais do Fabinho.

O uber parou na frente do meu prédio, paguei e entrei.

Ricardo: Já veio da casa da Bia? Achei que iria passar o dia lá.

Laís: Eu tenho algumas coisas pra resolver.

Ricardo: Sua irmã?

Laís: Ela ta no Enzo.

Ricardo: Ainda?

Laís: A Sofia ta aqui há meses e ela não falou nada, iguais, né.

Sofia: A única diferença é que ele é o pai de vocês, né lindinha.- ela debochou.

Laís: Lindinha vai ficar a sua cara quando a minha mão parar nela, lindinda.- dei enfase ao apelidinho sem sal dela.

Ricardo: Onde você vai, filha?

Laís: Eu vou passar na facul e depois vou ver como estão os pais do Fabinho.

Ricardo: Vai fazer medicina veterinaria mesmo?

Laís: Pretendo, né.

Ricardo: Você vai conseguir, sei disso.

Laís: Valeu.- sorrir fraco.

Subi e fui tomar um banho pra lavar meu cabelo. 

Deixei a água quente cair sobre meu corpo e toda tensão relaxar.

Na real, eu sempre quis ser bailarina, era meu sonho de menina e de mulher, eu ensaiava com minha avó, segundo ela, era foi uma das melhores na década de 90 e eu não duvido nada.
Eu parei de dançar quando minha mãe foi embora, na real, não parei, mas o tempo foi passando e as coisas foram mudando.

Conheci o Fabinho, comecei a viajar, me envolvi com outras coisas e a dança foi ficando em segundo plano.

Terminei do banho, coloquei uma blusa branca, um short jeans claro, um tênis, fiz um rabo alto e desci.

Laís: Finalmente hein, gata.- falei vendo a Sasha entrar em casa.

Sasha: Quando você chegar, a gente vai conversar.- ela disse e subiu.

Laís: Eu hein, que loucura.

Sai e vi o Nakamura, entrei no carro e ele saiu da garagem.

Nakamura: Pra onde iremos?

Laís: Academia La Vie Danse.

Nakamura: Ok.- ele deu partida.

Depois de umas meia hora, o Nakamura parou em frente a academia e eu não pude mensurar o tamanho do meu sorriso ao lembras as coisas mais lindas que eu já vivi aqui.

Desci e entrei vendo que as coisas eram exatamente iguais, parecia uma máquina do tempo, tava tudo no mesmo lugarzinho.

Savanna: Laís???- ela me olhou.

Laís: Savanna.- sorrir e abracei ela.

Savanna: Meu deus, como você cresceu.

Laís: Faz tempo, né.- sorrir.

Savanna: Vem, a Gertrudes vai amar te ver.

Ela me puxou pra uma sala e eu vi a Gertrudes, ela foi minha primeira professora de ballet quando eu entrei aqui.

Ela tava treinando umas meninas que, se eu não engano, eram da minha idade, mais ou menos.

Savanna: Olha quem veio.- entramos.

Gertrudes: Laís, minha menina.- ela sorriu e me abraçou.

Laís: Como estão as coisas?

Gertrudes: Ensaio atrás de ensaio.

Laís: Algo importante?

Gertrudes: Iremos fazer uma recomposição de Cisne Negro.

Laís: Que incrível.- sorrir.

Gertrudes: E como tá a Sasha?

Laís: Bem, graças a Deus.

Savanna: Voce não tem vontade de voltar a dançar?

Laís: Eu não sei. Não sei se consigo voltar, se ainda tenho o mesmo talento.

Gertrudes: Quem é rainha, nunca perde a majestade.- ela sorriu.

Savanna: Volta, Laís. Você é era uma das melhores que tínhamos.

Gertrudes: Vamos fazer assim, você volta e sem pretenções, ensaia com esse pessoal e se, até lá, você quiser, você pode ser nosso Cisne Negro. O que acha?

Laís: Não já tem alguém pra ser?

Savanna: As audições começariam hoje, mas com você no elenco, a gente se garante.

Laís: Tá bom, eu volto.- sorrir.

Gertrudes: A sua mãe teria orgulho se tivesse aqui.

Laís: Mas ela foi embora e foi porque quis.

Gertrudes: Mas eu to orgulhosa. Orgulhosa da sua força e coragem.

Laís: Obrigada.-sorrir.

Savanna: Amanhã. Aqui. As seis da noite.- ela riu.

Laís: Até as..?

Gertrudes: Até as dez.

Laís: Tá bom.- sorrir.

Me despedir delas e fui pro carro. Falei com o Nakamura e ele foi em direção a faculdade.

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