Capítulo 04

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Laís Metzeler

Acordei eram quase dez da manhã.

Tomei um banho e coloquei um shortinho jeans claro com um boddy preto, calcei um tênis que eu achei perto da minha cama e desci.

Laís: Bom diaa.- falei vendo a lúcia na cozinha.

Lucia: Bom dia, minha flor.

Laís: Minha irmã?

Lucia: Tá na escola.

Laís: E o...

Lucia: Seu pai saiu cedo e nem café tomou.

Laís: Suave. Eu vou sair agora.

Lucia: E onde vai?

Laís: Primeiro na casa dos pais do Fabinho, depois na faculdade e depois no salão.

Lucia: Volta pro almoço?

Laís: Creio que não. Manda a Bia e a Sasha me encontrar no salão.

Lucia: Que horas?

Laís: Elas me ligam.

Lucia: Ok.- ela sorriu.

Comecei a comer um pão e conversar com ela sobre tudo.

Lúcia: Como de viagem?

Laís: Ah, não foi fácil e não tive resposta nenhuma, só.. mais dúvida. - suspirei.

Lúcia: O Fábio tá bem.- ela sorriu.

Laís: Fábio..- sorrir. - Ele odiava ser chamado assim.

Lúcia: Eu só chamava ele assim.- ela falou e eu rir ao lembrar dele.

Conversamos mais um pouco soube o Fabinho, sobre a faculdade, as coisas que havia acontecido antes.. Até eu olhar a hora e ver que são quase onze.

Laís: Vem cá, o motorista tá disponível?

Lucia: Tá e me agradeça por isso.

Laís: Uai, por que?

Lucia: A bonequinha de porcelana do teu pai queria usar.

Laís: Que Deus me dê paciência, porque se me der uma arma... eu juro que eu mato.

Lúcia: Vai com Deus.- dei um beijo nela e sai.

Peguei minha bolsa e sai indo em direção a garagem.
O Nakamura já estava no carro, a Lucia deve ter o avisado.

Nakamura: Bom dia, senhora Laís.

Laís: Bom dia e corta o senhora aí, valeu?!- sorri.

Nakamura: Ok. Onde iremos?

Laís: Condomínio Recanto.

Nakamura: Pode deixar.

Ele deu partida e eu ainda tava tentando encontrar palavras pra falar com os pais do Fabinho. Tentando manter minha calma, minha respiração.

A família dele sempre me deu todo apoio, quando minha mãe vazou e agora eu tenho que falar que eu não tenho ideia de onde estar o filho de deles e que todo mundo acha que ele morreu.

O Nakamura parou na frente da casa deles e eu desci com o coração na mão.

Laís: Oi dona Márcia, oi seu Fábio.

Márcia: Oi Laís.- ela sorriu- como você tá?

Fabio: Oi Laís.- ele sorriu.

Laís: Bem mesmo.. eu não to.

Márcia: Sente-se, por favor. Vamos conversar.- ela sentou no sofá e eu em seguida.

Fabio: Iai? Você tem notícias do nosso filho?

Laís: Olha..- meus olhos já se encheram de lágrimas.- Eu rodei o Peru de norte a sul, perguntei a Izzy, todos que nós conhecemos, falei com a polícia, moradores. Mas não deu nada.

Márcia: Nenhuma notícia?

Laís: Nada. Ninguém sabe e ninguém viu. Eu fui em cada cidade, ninguém nem sabe quem é Fabinho. Ninguém ouviu falar, ninguém saber de nada.

Fabio: Você acha que ele pode...?

Laís: Não, claro que não.- sequei meu olho- conhecemos o Fabinho, sabemos que ele é louco o suficiente pra sumir... né?!

Márcia: Fazem 5 meses, Laís, 5 meses que não sabemos de nada.

Laís: Já falamos com a polícia, com as autoridades nacionais e internacionais, fizemos o que podíamos. Eu procurei em todos os hospitais, não tinha nada.

Fabio: Entendemos, Laís. Agradecemos pelo que fez e sabemos que você se esforçou.

Márcia: Obrigada pelo que fez pelo nosso filho.- ela sorriu.

Lais: Fiz o que pude.

Márcia: Sabemos.-ela sorriu.

Fiquei mais um tempo conversando com eles e vi a tristeza no olhar dos dois de quem ainda tinha alguma esperança de achar o filho.

O Fabinho sempre foi assim, mas dessa vez, passou de todos os limites e espero que esteja vivo. Eu espero uma notícia, uma mensagem, alguma coisa.

Sai de lá e fui pra minha antiga quase faculdade. Desistir de entrar dois dias antes, eu não tava preparada. E talvez, agora também não esteja.

Laís: Bom dia.- falei com a secretaria.

Xx: Bom dia.

Laís: Eu quero conversar com o diretor sobre vaga.

Xx:Você era aluna?

Laís: Quase fui.

Xx: Nome completo?!

Laís: Laís Metzeler

Xx: Ok, Laís. Espera um pouquinho só.

Ela fez um chamada e disse que era pra eu votar na segunda que ele estaria a minha espera.

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