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Senhor Valentin
Trilogia Homens de Nome 2/3
Angela Cartonelli vivi em um casamento de aparências, sendo esposa troféu de um homem que não ama. Sua vida é um completo inferno ao lado de Dominic Cartonelli. Ele é um hom...
Olá, lindezas. Como vocês estão. Passando pra avisar que em breve vou começar a públicar os capítulos de degustação de Senhor Valentin, e em breve ele estará disponível em forma de eBook na Amazon. Boa leitura, bjs.💋
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Nova Orleans...
Glaes Valentin
Ao passar pela porta, consigo ouvir a gargalhadas de Helena. Sempre alegre e cheia de energia. Imediatamente sinto o bom humor me invadir, e qualquer tensão que eu sentia sumir. Sigo o som da sua voz, ao entra no recinto observo a mesma sentada em sua poltrona, segurando seu livro favorito em sua mão. E na outra um cigarro. Fico parado na soleira da porta. Observo as mechas loiras do seu cabelo preso em um coque, seus olhos verdes como os meus. A pele pálida, e algumas marcas que os anos deixaram em seu rosto, de acordo com que sua idade avançava. O óculos de leitura no rosto, e seu sorriso único. Que faz qualquer mal que esteja sentindo sumir.
Quando criança, lembro de passar horas e horas sentado em seu colo. Ouvindo histórias incríveis de escritores renomados. Lembro que a melhor parte do dia, era ouvir sua voz ao cantar para mim. Sem que ela note minha presença, ergo a mão e dou duas batidas de leve na porta. A Helena, ergue a cabeça assustada, quando seus olhos me encontra ela rapidamente relaxa.
—Quer me matar do coração, garoto.
Fala largando o livro, para levar uma mão ao peito dramática. Meus lábios se curvam em um sorriso lateral. Em passos firmes me aproximo da mesma, me sento no sofá ao lado de sua poltrona.
—Você não pode fumar, e sabe muito bem disso.
Advirto a mesma que logo adota uma expressão carancuda. Tomo o cigarro de sua mão apagando no cinzeiro, mas ainda é possível sentir o cheiro do tabaco no local. Vou até a janela e abro a mesma arejando o local, fazendo o cheiro de tabaco sumir sendo substituído por uma brisa fresca.
—Aquele médico não sabe de nada! Eu já estou velha mesmo e vou morrer em algum momento.
Helena, resmunga como sempre faz. Sempre que tiram seus cigarros ela dita o mesmo discurso.
—Pensei que queria ver seus netos algum dia. — uso o mesmo argumento de sempre para fazê-la perder o interessa no cigarro.
Volto me sentando novamente ao seu lado. Helena, tira os óculos de leitura se interessando pelo assunto. Como sempre funciona.
—Você achou alguém interessante? — cerra os olhos em expectativa.
—Ainda não.
Respondo sincero. Vejo que sua expressão se fechou novamente.
—Eu deveria saber.
Fala carrancuda. Sei que o seu maior sonho é me ver casado, com uma família. Mas acho que isso nunca vá acontecer, família é algo que nunca se pode confiar.
