Capítulo Sete

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CAPÍTULO SETE

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CAPÍTULO SETE

Glaes Valentin

As nuvens cinzentas se destacava no céu, o noticiário não falava em outra coisa além da terrível tempestade vindo. A cidade estava em completo alerta, ficaríamos expostos a alagamentos, e falta de energia. O hospital estava frenético, precisávamos preparar tudo antes que a tempestade chegasse. Manter os geradores ligados era uma prioridade, muitos equipamentos importantes precisavam está ligados. Infelizmente foi forçado a cancela o dia da leitura, o que deixou as crianças decepcionadas. Mas sei que vou achar um forma de recompensá-los. Duas batidas ne porta chama minha atenção. Desvio meu olhar das janelas, ficar encarando as nuvens não farão elas desaparecem.

— Entre.

O velho Senhor Newman, adenta na sala. E notável a preocupação em seu rosto. Afinal, já faz muitos anos que não temos uma tempestade assim, e a última que aconteceu devastou o hospital. Tivemos que gastar muito dinheiro para reconstruir tudo.

— Você viu o noticiário? — posso notar a aflição em sua voz.

— Sim. Mas não estou preocupado, desta vez estamos prontos para qualquer imprevisto.

A seguro o mesmo, e posso ver que sua expressão se suaviza. Newman, solta um suspiro e senta na cadeira em frente a minha mesa. Faço o mesmo sentando em minha cadeira, noto que ele cruza os dedos sobre a mesa.

— Sabe Valentin, eu realmente não saberia o que seria de mim sem você.

— Pela milésima vez, não precisa agradecer Newman.

O mesmo sorri agradecido, sei que mesmo com todas as precauções que tomei a dúvida ainda afronta seu coração. E não é pra menos, já que em umas dessas tempestades foi quando ele perdeu sua esposa. Sempre penso o que acontece quando se perder alguém amado. A dor é pior do que parece, a agonia e desespero. Depois que Thamur, foi embora viver com uma nova família, lembro vagamente de sentir uma dor aguda. Que consumia o meu peito fazendo minha respiração faltar. Um vazio dentro de mim que não conseguia preencher. Me pergunto se a dor é a mesma, o medo de está sozinho novamente.
Por sorte Helena, me salvou dessa tormenta. Me puxou do abismo em que me jogava. A morfina para minha dor foi esquecer isso, deixar o passado para trás. Não a motivos para lembrar de um infortuno, que só nós faz remoer uma dor desnecessária.

— Você avisou a Sra. Cartonelli que os planos para hoje foram cancelados.

Afasto tais pensamentos, e foco nas palavras do meu amigo. A imagem de Angela, invade meus pensamentos. Seus olhos, seu sorriso cativante, e suas admiráveis curvas. Com toda a bagunça que está o hospital acabei me esquecendo de comunica-la. Se lembro bem algumas das crianças ficaram tristes por saber que ela não iria poder vir. Angela, se deu muito bem com as crianças, o carinho que as crianças tem por ela é nítido. Sinto uma pontada de decepção por saber que não vou vê-la também, no fundo eu também queria que hoje tivesse dado tudo certo, só em imagina ela lendo para as crianças faz meu peito aquecer. Angela, é uma mulher extraordinária.

— Farei isso. Com a tempestade chegando, esqueci.

O sorriso de Newman, é cheio de insinuações. É como se ele estivesse lendo minha mente, e sabe que estou penando em Angela, nesse exato momento.

— Ela é uma mulher muito bonita. Você não acha?

Junto minhas sobrancelhas, não pensei que a conversa tomaria esse rumo.

— Sim. Eu acho. Mas ela também é casada.

Ressalto a parte importante, o que faz Newman se mexer na cadeira. Ele sorri de forma presunçoso.

— Minha esposa também era antes de casar comigo.

Me encosto no estofado da cadeira, e cruzo as pernas. Mantenho minha expressão neutra, me pergunto o que ele quer tirar disso tudo. Conheço bem as artimanhas de Newman, e suas jogadas românticas. Mas elas não funcionam comigo. Sei bem onde quer chegar velho amigo.

— Não sei o que está tentando insinuar. — me faço de desentendido.

— Claro que não sabe — Diz o mesmo fazendo uma pausa, se erguendo — Mas quando chegar a hora certa, vai lembrar das minhas palavras.

Completa ao abrir a porta, Newman vai embora deixando a dúvida no ar. Sobrevoando meus pensamentos. Pego meu celular e trato de enviar uma mensagem para Angela, sinto uma pontada de desapontamento por não poder vê-la. Desde que a vi pela primeira vez, ela chamou minha total atenção. E dominou meus pensamentos. Batidas frenéticas na porta chama minha atenção. Me levanto indo em direção a porta penso que alguma emergência possa ter surgido. Ao abrir a porta grades olhos castanho escuro capturam os meus, alguns fios do seu longo cabelo preto estão fora do lugar. Noto que ela alterna seu peso de uma perna para a outra. Seus lábios vermelhos estão entreaberto. Meu corpo fica estático, minha atenção está voltada unicamente para ela.

— Angela — Seu nome saí mais como um sussurro por meus lábios, o que ela está fazendo aqui com essa tempestade, como ela chegou até aqui? — O que está fazendo aqui? — Minha voz soa um pouco mais firme, ela desvia seu olhar do meu e abaixa a cabeça. Angela, aperta a alça da bolsa em um ato ansioso.

— Você me convidou esqueceu? Hoje é dia de leitura. — morde o lábio inferior, travo a mandíbula. Como eu queria morde esses lábios nesse exato momento. A mesma fala o óbvio, seus olhos encontram os meus novamente. Noto que tem algo a mais em seu olhar, algo que não consigo decifrar. Coloco ambas as mãos no bolso do jaleco.

— Devido ao mal tempo, o dia da leitura foi cancelado. — vejo que suas roupas estão secas, por sorte a tempestade não alcançou ela.

Angela, ergue as escuras sobrancelhas. A surpresa é evidente em seu rosto.

—Oh... sério? Eu deveria ter pensado nisso, já que tem uma tempestade vindo. Acho melhor eu ir embora.

Seu rosto toma um tom rosado, é notável seu constrangimento. Um barulho de trovão soa alto, e o som da chuva caindo se faz presente. Penso na oportunidade que o destino, ou seja lá o que está me dando agora.

— Acho que você não vai conseguir ir agora — Angela, acena. Concordando comigo, noto que suas mãos estão inquietas, me pergunto se é por causa da tempestade. — Quer beber um café? Nos podemos conversar mais sobre o projeto Gêmeos, caso tenho alguma dúvida.

— Sim. Isso séria ótimo.

Angela, aceita de imediato. De repente as palavras de Newman, surgem em minha mente. Acho que suas fábulas não são tão tolas como pensei.











 Acho que suas fábulas não são tão tolas como pensei

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Senhor Valentin (Livro 2 da Trilogia "Homens De Nome") DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora