CAPÍTULO 13
Nova Orleans...
Angela Cartonelli
Espreguiço na cama, aperto meus olhos. Minha mão passeia pelo vazio da cama, sinto a falta do calor de Ian, tocando meu seio. E a mão de Valentin acariciando meu quadril. Abro os olhos, vendo que a cama está vazia. Então pouco tempo me acostumei com toques tão sutis, mas que me fazem sentir aquecida por dentro. Me sento na cama, meus pensamentos ainda estão embaralhados. Vou em rumo ao banheiro, observo meu reflexo no espelho. O cabelo bagunçado, o rosto amassado. Lavo meu rosto, toco meus lábios lembranças da noite anterior invade meus pensamentos. Os beijos, os toques. O desejo que sentia, e a forma como Valentin, me acalentou. A alegria é evidente em meu rosto, mesmo sabendo que cometi um pecado irreversível. Que me condenara pelo resto da vida. Deixo esses pensamentos de lado, e foco no presente. Me pergunto onde aqueles dois possam está. Vou em direção a sala, o apartamento está bem mais quente que ontem a noite. Para ao ver Valentin, sentado em uma cadeira. Ele veste ainda usa a calça pijama deixando seu tronco nu, ele balança a colher no ar levando em direção a boca de Ian, que sorri. Fico parada observando a cena, e o quanto esse momento é único. Já me imaginei algumas vezes assim, vendo uma cena igual a essa. Mas que foi esquecida. Aos poucos Valentin, está realizando cada um dos meus sonhos. Devolvendo eles a mim.
— Acordou cedo — diz ao me encara — eu cortei frutas. Com fome?
— Faminta.
Meu tom saí provocativo, sei que mexi com Valentin. Sua expressão me diz isso. Ontem conheci todos os seus pontos fracos na cama, e os fortes também. Me sento em seu colo ao me aproximar.
— querida, não me provoque na frente do bebê.
— ou o que? —minhas mãos tocam sua faça, sinto suas mãos tocar meu bumbum.
— vou levar você para o quarto, e foder você até não conseguir mais andar.
Meu corpo estremecer por dentro, sei o quanto Valentin, pode ser selvagem, o que me excita. Beijo seus lábios com fervor, sua mão massageia minhas nádegas, e um mão se enfia dentro da blusa tocando meu seio.
—bom dia — praguejo.
—um ótimo dia.
Um grito estridente chama minha atenção, me afasto de Valentin, Ian faz beicinho. Acho que já conheço Ian, o suficiente pra saber que o pequeno adora uma birra.
—tem pra você também seu dramático — beijo o topo da sua cabeça, rapidamente seu humor muda. E ele volta a sorri.
Me sinto na mesa ao lado de Valentin, ele fez uma grande salada de frutas. Com abacaxi, e tudo mais.
—a eletricidade voltou? — pergunto colocando um morango na boca.
—sim. No meio da noite — Valentin, limpa a boca de Ian. Se servindo em seguida — choveu bastante ainda vamos ficar presos aqui por um tempo.
Aceno comendo mais uma fruta, chupo meu polegar. Ian, brinca com as colheres distraído.
—então vamos assistir um filme, já que não tem muita coisa pra fazer aqui.
—quem disse isso?
Pergunta, noto que seu olhar está cravado em mim. Seus olhos são como as de um predadores, e consigo imaginar o que está passando agora por sua cabeça. Alterno meu olhar entre ele e Ian, Valentin sorri de lado como se entendesse o recado.
—então vamos terminar de comer e ir para o quarto, quero passar o dia inteiro abraço com você.
Me derreto por dentro ao ouvir suas palavras, Valentin me faz sentir de bem. Me senti eu mesma perto dele, com a liberdade de que posso respirar de novo. Me sinto amada, querida. Um misto de sentimentos que esqueci a muito tempo voltarem, até acordar essa manhã foi diferente para mim. Eu não precisei levantar as presas para vestir uma roupa justa caríssima, e sair sorrindo ao lado de alguém que se distanciou de mim. Que eu mesma não conheço apesar dos anos juntos. A forma que me sinto em relação a Valentin, é totalmente diferente a Dominic. Com ele eu sempre tive que está alerta, ereta. Fazendo todas as suas vontades. Mas com Valentin, é diferente. Sei que posso relaxar, e baixar minha guarda sem ter medo que alguém apareça nos fotografando, ou fazendo perguntas hediondas. Depois que terminamos de comer, fomos em direção ao banheiro. Ian, precisava tomar um banho assim como eu e Valentin.
Ian, balanço os braços jogando água para todos os lados, ele brinca com a espuma da banheira. Em pé nos meus braços, a mão de Valentin, passeia em minhas costas, depois meu ombro. E por fim toca meu seio. Encosto minhas costas em seu peito. Apreciando seu toque.
—Angela, eu não queria falar sobre isso ontem por quê você estava cansada, e tivemos uma noite incrível e eu não queria estraga isso mas... — ele faz um pausa beijando meu ombro — que marcas são essas na sua bunda?
Meu corpo fica duro. Tinha esquecido isso completamente, eu deveria saber que ficaria marcada. Mesmo que Dominic, não esteja aqui, ele persiste em marcar sua presença. Valentin, afasta meu cabelo para o lado beijando minha nuca, sua mão ainda massageia meu seio. Meu corpo volta a relaxar aos seus toques.
—foi o Dominic. Ele é excêntrico.
—excêntrico? — Valentin, faz uma pausa. O tom da sua voz é sarcástico —ele não excêntrico Angela, é um maníaco — suas mãos param de me acariciar — Não tente amenizar o que ele fez, é ridículo.
Sei que Valentin, está irritado. Mas suas palavras me magoa. Eu sei que Dominic, é um ser desprezível, mas como posso explicar que preciso dele sem parecer que sou maluca?
—eu não preciso que me diga isso — meu tom é hostil.
Me lembro das conversas que tive com Aurora, ela sempre me dizendo a mesma coisa, e eu sempre fazendo o contrário dos seus conselhos. Eu procurei mais de uma vez, uma maneira de me livrar de tudo isso. Mas não achei, não consegui.
A mão de Valentin, volta a me tocar. Ele beija meu ombro, suas barba faz cócegas em minha pele.—me desculpa, eu não queria ser grosso com você. Mas pensar que aquele cara bate em você, me dá muita raiva.
Passo uma mão pela cabeça de Ian, colocando o cabelo molhado dele para trás. Giro minha cabeça em direção a Valentin, para poder encara-lo. Seus olhos transmitem a angústia que sente, e a raiva que contém.
—eu entendo o que quer dizer, Aurora me disse a mesma coisa quando contei a ela — toco sua face — mas é algo que vou ter que conviver.
Valentin, nega segurando minha mão. Vejo a reprovação em seu olhos, nem eu mesma acredito no que estou dizendo.
—você não vai se acostumar a isso, eu quero que você deixe ele. Vem morar comigo, quero que seja minha esposa.
Meu coração salta ao ouvir suas palavras, eu estou delirando. Essa é a única explicação plausível.
—O que você está dizendo? — pergunto inacreditada.
Valentin, toca minha face, é notável a determinação em seus olhos. Suas palavras são sinceras.
—Angela, eu amo você.
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Senhor Valentin (Livro 2 da Trilogia "Homens De Nome") DEGUSTAÇÃO
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