Desconfianças

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Linary voltou para casa com uma empolgação visível, o sorriso travesso nos lábios dela não poderiam ser ignorados, já que ela não costumava sorrir por tão pouco e aquilo deixou Laynei encucada de que a irmã estivesse aprontando uma das suas.

— Onde esteve mocinha? — Linary revirou os olhos com a pergunta da irmã mas decidiu não deixar a mais velha arruinar o bom humor repentino.

— Passeando por aí e tentando encontrar o chifre, uma pena que não encontrei.

— Eu consegui Linary mas um simples passeio não ia deixar você assim. — Linary sentou-se e ficou olhando a irmã arrumar as coisas para o ritual de outono.

Estava tudo na mais perfeita ordem, Laynei fazia um bom trabalho quando o assunto era os rituais, tudo tinha que sair na mais completa perfeição e ela sabia onde cada coisa ficava. Por aquele motivo que Linary nem se atrevia a tentar ajudar, não saberia o que fazer.

As velas verdes, marrons e amarelas estavam acesas e espalhadas por vários pontos da casa, a brisa suave que soprava dentro da casa, criava um tremor nas chamas que a qualquer momento Linary pensou que elas se apagaram. Os incensos de mirra deixavam a casa com um perfume suave e davam uma sensação de paz.

As fitas das mais diversas cores, um cálice com água, moedas, espigas de milho e grãos de cereais crus estavam sobre um pequeno altar no canto da sala. Nos pés dele um pequeno caldeirão de ferro fundido com uma vela preta apagada.

— Laylin!!! — Laynei gritou a mais nova e consagrou o círculo mágico.

Laylin chegou onde todas estavam correndo e as duas se posicionaram ao lado de Laynei.

Linary estava contente por aquela etapa concluída e ela sentia que dali por diante, tudo iria mudar em sua vida.

Linary estava contente por aquela etapa concluída e ela sentia que dali por diante, tudo iria mudar em sua vida

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A casa estava na mais completa desordem. Lençóis revirados, roupas para todos os lados e Linary não acreditava que a causa para aquele pandemônio fosse por conta de Laynei, a irmã mais organizada.

 Conhecida por colocar os temperos em ordem alfabética, por organizar as roupas por cor e não deixar o mínimo de poeira visível.

— Linary você viu minha capa azul? 

— Não está dobrada na sua gaveta? 

— Juro que se Laylin mexeu de novo em minhas roupas eu vou enforcá-la. 
— Linary sabia que a ameaça da irmã era vazia.

Por mais que às vezes elas tirassem a paciência de Laynei, ela jamais fez uso de força física. Depois de descobrir que o uso das palavras era mil vezes pior, Laynei usara aquilo com muito mais afinco.

— Não acha que está nervosa demais? — Linary falou com cautela mas fechou a boca rapidamente ao ver o olhar ameaçador da irmã.

— Claro que estou nervosa Linary, vou encontrar com Ava, que deve ter péssimas notícias e deixar você como responsável. Óbvio que tudo isso está contribuindo para meu mau humor. — Linary parou de dobrar um vestido de bordados na ponta para olhar feio para Laynei.

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