A sorte está lançada

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Por mais que o cavalo cavalgasse de forma rápida para Laynei não era o suficiente. Ela batia as rédias para que o animal fosse ainda mais ligeiro, mas de nada adiantava, afinal ele já estava dando tudo de si. Não era o correto exigir tanto dele.
Ela já havia visto que o quadrúpede já estava dando sinais de um grande cansaço então aproveitou que já encontrava-se perto do Reino da terra e o fez parar bruscamente. O som de suas ferraduras no chão provocando um barulho incômodo, mas necessário.
Ela saltou do animal e o puxou para que ele se alimentasse e bebesse um pouco da água do pequeno lago que havia ali.
O lugar era calmo, com o lago clarinho e um som bastante acolhedor das águas tranquilo batendo contra as rochas conforme o cavalo fazia menção de entrar.
Ela o puxou e não permitiu. Havia somente o tempo para as necessidades básicas dele, nada mais.

Laynei estava tão aflita que nem se permitiu as suas próprias necessidades básicas. O desejo de encontrar as irmãs se sobrepondo às suas próprias.
Fora um erro deixá-las no Reino da terra. Só esperava que não fosse tarde demais.
Mesmo com Ava dizendo que não daria tempo e tentando convencer Laynei de deixar o curso do destino seguir do jeito dele, a bruxa da terra não foi capaz de dar ouvidos a amiga.
Não conseguiria ficar longe das irmãs por muito tempo e com a revelação de Ava de mencionar que uma delas nunca mais seria vista por Laynei, fora o gás que precisava para fazer o que tinha que ser feito.

Não conseguiria ficar longe das irmãs por muito tempo e com a revelação de Ava de mencionar que uma delas nunca mais seria vista por Laynei, fora o gás que precisava para fazer o que tinha que ser feito

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Dias antes

Ava caminhava de um lado para o outro na pequena sala de sua casa. Por mais que tentasse convencer a amiga de que aquilo era ordem do destino a mesma era dona de uma teimosia sem fim. Naquele momento ela se dera conta de que Linary havia puxado a teimosia da irmã mais velha.

— Não pode me prender aqui Ava. — Laynei dissera de forma calma.
Por mais que estivesse nervosa por dentro não queria aborrecer a amiga grávida. 

Damein estava sentado fazendo o que parecia a cópia de uma chave e observava a conversa com tranquilidade. Sem nem se dar o trabalho de se meter.

— Só quero te proteger.

— E quem vai proteger as minhas irmãs Ava? Percebe que me pede o impossível? Pense, se fosse com o seu bebê, se alguém lhe pedisse que o deixasse a própria sorte. Não seja egoísta minha amiga. — Ava fechou os olhos com força.

Não havia se dado conta do que pedia para Laynei e o quão difícil deveria ser para ela atender ao pedido. Era egoísmo e aquilo era uma vergonha para ela mesma que sempre fora conhecida por todos os reinos como a bruxa do bem.

— Tudo bem Laynei. Eu fui estúpida. 

— Vai me ajudar? Preciso de um cavalo com urgência, deixei o meu para as meninas. — Ava assentiu e abriu a porta de casa fazendo um gesto para que Laynei a seguisse.

— Não tenho um cavalo, mas Siena tem. — Laynei caminhava por todo o caminho de cascalhos até a casa de Siena, que ficava não muito longe dali.

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