Lembranças de uma metamorfa

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Tudo estava na mais perfeita ordem para Darken. O Reino da terra subjugado, a população com medo aparente e só faltava o prato principal. A submissão do monarca.
Não seria difícil, o pior já havia acontecido.

As bruxas do ar estavam em seu encalço fazendo a sua proteção contra aqueles que tentavam por fim a vida de Darken. Sem que ela mesma precisasse mover um músculo para se defender. Elas já faziam tal trabalho.

O Castelo imponente já estava há menos de três metros e poucos guardas o protegiam. Darken não fazia questão de manter aquele exército medíocre pois aqueles homens de nada valiam.
Segundo Kyle, os guardas só viviam nas tavernas do Reino se embriagando e, por aquele motivo, a tomada daquele território tinha sido tão fácil para a bruxa da noite.
Os homens simplórios ainda tentaram atacar a rainha, mas de nada surtiu efeito.

Com um brandir de mãos em um movimento circular, todo o Reino foi banhando por uma imensa escuridão.
Tão palpável que era possível a tocar se estendesse a mão sobre ela.
Apenas Darken podia enxergar em meio aquilo tudo. Mesmo os que estavam em volta nada podiam fazer.
Darken se aproveitou da instabilidade dos guardas e soltou uma energia obscura neles os fazendo cair no chão, mortos.

As tochas que mantiam a luminosidade por todo Castelo se apagavam conforme a monarca passava, emergindo cada corredor na mais completa escuridão.
Darken sorriu ao encontrar Kindom parado na parede oposta com uma espada em mãos tentado em vão se defender.

— O que pretende sua bruxa estúpida? Não passa de uma alucinação. — Falou de maneira enrolada.

— Sou real seu rei idiota. Está tão bêbado que acha que está alucinado? — Ela deu um passo após o outro até chegar a menos de um metro de Kindom. - Vamos ver se isso te dá a prova de que sou real.

Dito aquilo, Darken olhou fixamente nos olhos de Kindom. O mesmo paralisado como se não tivesse mais controle de seus atos. Seu corpo pertencente a bruxa.
Ele levantou a mão que continha a espada e começou a cravar em seu próprio ombro.
Darken sorria ao ver o espetáculo causado por ela mesma. Não tinha preço que pudesse ser pago em ver um rei sendo humilhado por ela. Como um dia fora.
Quando se deu por satisfeita ela piscou e estalou os dedos fazendo com que Kindom despertasse do transe que estava.
O monarca gritou de dor e ficou pálido ao ver a quantidade de sangue que no chão se encontrava.

— Não pode ser. — Ele caiu de joelhos, a mão nunca deixando seu ombro em uma tentativa inútil de estancar o sangue que não parava de jorrar. — O que pretende agora sua maldita. Me matar?

— Isso iria tirar toda a graça meu querido Kindom. Você é meu a partir de hoje.
Dois homens corpulentos, antigos guardas do Reino do ar, chegaram dentro do cômodo e Darken fez um sinal para que retirassem o corpo de Kindom.

— Achem o calabouço e o levem para lá e não trate de sua ferida. — Eles assentiram e o velho rei foi levado. Ainda era possível escutar os gritos de dor dele juntamente com cada praguejar com o nome de Darken.

A bruxa da noite olhou em volta e sorriu ao constatar que havia conseguido finalmente.
Seu plano deu certo de novo e tudo estava saindo ainda melhor que o planejado.
Desde o plano desastroso anos atrás, em que tentou matar Auheb, e em nada lhe rendeu. Darken se pôs a planejar todos aqueles anos cada mínimo passo dado.
Primeiramente tratou de encontrar aliados que lhe rendessem bom rendimento.
Segundo traçou estratégias até que a lua desse lugar ao Sol.
E por último pensou antes de agir. Atacar o reino mais forte não foi uma das suas melhores idéias e aquilo tudo serviu de aprendizado.

Ela se sentou no trono de Kindom e apreciou o espaço amplo com pinturas enfeitando cada parede que o rodeava. Um pequena mesa baixa ao lado do trono possui a todo tipo de bebidas que se podia imaginar e um lustre majestoso iluminava o cômodo o deixando ainda mais elegante.
O Reino do ar era ostentoso, mas dava para ver que o Reino da terra possuía atributos melhores.

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