A verdade revelada - Parte 1

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Kyle viu Laylin voltando sem Linary tentou perguntar onde ela estava, mas Laylin nem lhe deu assunto, então ele decidiu ir atrás dela por conta própria.
Tinha medo do que saiu da co versa das duas visto que a expressão da mais nova não era uma das melhores.

— Aonde vai? — Samar perguntou quando o viu levantar-se.

— Ver como Linary está, saber onde está. — Ele disse.

Seus passos rápidos alcançaram a porta rapidamente, mas ao escutar que estava sendo seguido virou-se a fim de interromper Samar, mas para a sua surpresa era Thamerya que o seguiu e seu rosto enotava uma infelicidade fora do com um.

— Devo me preocupar que um aliado de Darken está aqui? — Ela disse firme e Kyle arregalou os olhos espantado.

— Como soube? 

— Eu vi quando matou Faire meu jovem. A minha pergunta é se você é confiável ou tudo isso é parte de um plano para destruir o que restou dos reinos? — Kyle empertigou-se a raiva se sobrepondo ao medo de ser descoberto.

Não que ele se importasse na verdade não ligava mais, só não queria que Linary descobrisse por ninguém e sim por ele mesmo.
No momento ela precisava dele mais do que tudo e ele precisava encontrá-la, confortá-la, afinal foi ele o culpado por Linary estar daquela forma.

— Não me interessa o que acha, eu só quero saber onde Linary está. Quer contar isso para todos, vá em frente. — Ele disse desafiadoramente.

— Agora sei o porquê de estar aqui. A jovem bruxa, Linary. — Ela disse portando um olhar de quem já havia entendido tudo. — Não me responda agora vá encontrar a bruxa, mas saiba que quero conversar com você depois meu jovem. — Ela disse virando-se e encerrando a conversa.

Abalado com aquelas palavras Kyle parou por alguns segundos e passou a mão pelo cabelo, atitude aquela que demonstrava o quão nervoso ele estava.
Naquele momento, frente a frente com Thamerya, ele fez-se de forte e que não se importava que seu segredo fosse descoberto, mas parando para refletir com mais calma sabia que se ela contasse tudo estaria perdido.
Não era daquela forma que ele planejava que Linary soubesse. Não queria que ela escutasse por lábios alheios as falhas dele e sim por ele próprio.

Quando sentiu-se melhor voltou a andar já conseguindo visualizar Linary sentada com a cabeça entre as mãos e com o corpo tremendo.
Ver aquela postura frágil em uma moça que sempre foi tão vivaz quebrava Kyle, pois ele sabia que uma boa parte daquilo tudo era culpa dele.
De todas as merdas que já fez na vida aquela era a pior e a que parecia que não tinha solução.
Queria contar, teve muitas oportunidades para aquilo, mas só de pensar em ficar longe de Linary a coragem lhe faltava.
Ele a amava e se soubesse que na época a amaria daquela forma não teria feito nem metade do que fez. Era um idiota desde de sempre.

Nem mesmo os passos dele foram capazes de acordar Linary do transe auto imposto, pois nem menção a nenhum movimento foi feito e aquilo preocupava Kyle.
Ele passou a mão pelos cabelos dela e sorriu ao encontrar seus olhos amarelados tristes.
Sorriu para a tentar tranquilizar pois ela precisava.

— Vamos entrar pequena, precisa comer, tomar um banho e descansar. Sabe que não podemos demorar aqui, logo vamos partir. 

— Não estou com fome Kyle. — Ele abaixou-se para que seus olhos ficassem nivelados e passou o dedo por uma pálpebra fechada e logo em seguida a outra sentindo inchaço por seu dedo calejado.

— Me dói te ver assim e não poder fazer nada. O que posso fazer para amenizar sua dor? 

— Nada Kyle. Ninguém pode, a culpa foi minha. — Ela disse sem o encarar. Levantou-se e tentou arrumar os cabelos desgrenhados pela loucura de tentar os arrancar com as próprias mãos.

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