Harry
Ainda continuei parado na escada, esperando que ele voltasse, provavelmente com cara de paisagem quando dei conta que ele não estava brincando. Eu queria apenas conversar com meu irmão, sobre como ando me sentindo confuso ultimamente, coisas que você não teria coragem de se abrir aos seus pais, porque certamente não entenderiam.
Mas não Henry, ele me entende, é o meu herói depois do nosso pai, sempre cuidou de mim e me deu apoio e por confiar nele queria compartilhar tudo o que fazia.
Desistir de falar com ele depois de alguns minutos e decidir ir para piscina quando percebo uma movimentação estranha. O Doutor particular do meu pai está aqui, por que será que ele veio?
— Doutor Smith, que surpresa o senhor por aqui. — menciono confuso.
— Gostaria que fosse em outra circunstâncias, meu querido. — disse com pesar na voz.
— O que quer dizer doutor?
— Você não soube? — responde e eu fico intrigado. — Bom, com licença filho.
Sem pensar duas vezes, acompanho o doutor, aquela resposta me deixou curioso, e algo em sua voz transparência preocupação, alguma coisa muito grave deve ter acontecido para Smith aparecer repentinamente.
A porta do quarto estava aberta, Dr. Smith entrou primeiro e eu fiquei observando de longe. Minha mãe estava abraçada com Henry enquanto ele secava suas lágrimas.
— Doutor! — diz Henry.
— Vim o mais rápido que pude. Como ele está? — o mesmo respondeu abrindo sua maleta pra examinar nosso pai.
— Ele reclama de dor nas costas e dormência nas penas, e bom, não conseguiu controlar a bexiga. — explicou meu irmão, o lençol estava sujo de urina e meu pai suava como se corresse uma maratona.
— Mamãe? — digo ao adentrar. — O que está acontecendo? Papai está bem?
— Harry, o que faz aqui? — questiona meu irmão. — Nosso pai está bem, ele só precisa de um pouco de privacidade.
Henry tentou me guiar até a porta mas me mantive firme.
— Doutor, o que meu pai tem? — insistir.
— Harry, por favor, preciso falar com você um instante. — pede Henry.
— Agora você está afim de conversar?
— Harry, aqui não.
Reviro os olhos e acompanho Henry até o corredor onde o mesmo fecha a porta em seguida.
— Você não podia entrar desse jeito! — reclamou.
— Quer mesmo falar sobre isso? Por que tem um médico aqui e todo mundo parece saber menos eu?
— Harry é complicado, na hora certa você vai entender.
— Eu exijo saber Henry!
— Você não tem esse direito. — diz firme e meus olhos não desviam dos seus.
— Eu tenho o mesmo direito que você.
— Hazz, não queria soar grosseiro. — suspirou buscando pelas palavras certas. — Eu só estou protegendo vocês.
— Protegendo? Eu quero que seja sincero comigo, eu sou seu irmão, não é porque não carrego seu sangue que não sou da família. — confesso irritado. — Você sempre fez isso Hank, desde de criança, pode não ser por maldade, mas eu sinto como se me excluísse.

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Servindo com prazer
Hayran KurguFrancis acaba de ser contratada como a nova empregada da família mais desejada da cidade, um lar repleto de glamour e segredos. No entanto, sua vida toma um rumo inesperado quando ela se vê atraída pelos carismáticos irmãos: Henry e Harry, cujas per...