Casual

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Francis

Com a mente em turbilhões, não conseguia me concentrar em nada além da lembrança de ter as mãos firmes do meu chefe percorrendo meu corpo, nem ouvir com clareza o que Harry queria comigo, muito menos olhar nos seus olhos depois do ocorrido horas antes. Na realidade, não prestei atenção em nada ao redor, eu só pensava nele e na possibilidade do que aconteceria quando nos víssemos de novo.

Pensar em Sr. Cavill distraía meu foco, atiçava meu apetite sexual, e teria como fugir? O homem era um deus grego na terra e estava flertando comigo, a gente quase se engoliu quando estávamos juntos, simplesmente eu não conseguia esquecer nossa cena imoral, e a consequência do meu descuido foi derrubar o arranjo de flores quebrando a porcelana em pedacinhos.

Merda.

— Veja só, se não é uma tonta destrambelhada. Tá com a cabeça onde? — Theo anuncia atrás de mim, com seu tom debochado.

Prefiro nem comentar. Apenas me agacho e recolho os cacos de vidro, já imaginando a punição.

— Relaxa mana, esse vasinho custou metade do seu salário. Sua sorte é que a chefe não está em casa, ela vai demorar para perceber.

— Me sinto bem melhor sabendo disso. — respondo. Theobaldo me fungou como se pegasse um cheiro familiar pelo ar.

— Nossa garota, esse cheiro almiscarado do senhor Styles consigo sentir de longe.

— Talvez seja porque ele acabou de sair daqui.

— Ou talvez esse cheiro esteja empregando, por que vocês estão íntimos. — insinuando — Os boatos da viagem são verdade?

Boatos? Estão falando sobre mim? — parei imediatamente de limpar para escutar melhor.

— O maior rebu, filha.

— Que ótimo, agora eu tenho uma reputação.

— Eu estou curiosíssima para saber cada detalhe sobre essa novela.

A entonação na fala de Theobaldo era digno de um programa de tevê. Ele era engraçado de fato, mas suas intenções pareciam perigosas, não tínhamos uma certa intimidade para poder tocar no assunto e algo me dizia para não confiar nele. Ou melhor em ninguém!

Ninguém poderia saber do meu caso com o senhor Cavill.

— Sinto em desaponta-lo, não aconteceu nada. — finalizei a conversa me pondo de pé com o lixo recolhido.

— Amiga não precisa ser tão formal, todo mundo tem podres e principalmente nessa família. Você é muito sortuda, queria eu ser mulher, ia fazer estrago com dois homens daquele porte brigando por mim. — Theo se arrepiou da cabeça aos pés. — Imagina ter as mãos fortes do senhor Henry pelo meu corpo, ui chega fico nervosa.

— Não sei o que está insinuando e eu não sou sua amiga! Você acha que não sei que você só está interessado em saber se os boatos são verdadeiros para continuar espalhando por aí. — bati de frente, igualando no mesmo nível. — O que você quer afinal?

— Eu quero ser você, inferno! Quero ser mulher, quero esse mel pra deixar aqueles dois homão no cio. — não consegui conter o riso e gargalhei do fundo da minha garganta.

— Desculpa, não tenho como ficar séria com você.

Nesse momento, o primo dos rapazes Michelle Morrone adentrou a mansão todo misterioso de óculos escuros e blaser, ele parecia concentrado já que não nos notou ou ignorou. Ele tinha um cheiro forte cítrico amadeirado, muito cheiroso.

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