Ella

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-Liam, por favor dá-nos espaço!- digo-lhe eu.

-Morena a ti eu dou-te o espaço que quiseres. Não és a areia que eu quero no meu camião.- e olhou para o John que tinha ficado no cacifo.

-A sério Liam? Até aqui? Por favor entende de uma vez, eu não quero nada contigo!- diz-lhe a Izza

-Loirinha só te peço o teu número, mais nada.

- Eu também te pedi que nos deixasses em paz!

Olho para o John e vejo que está a falar, mais a discutir, com alguém ao telefone. Não lhe quero dar importância, não sei se ele a merece, mas pelo que vejo ele não é tão "conquistador" como o amigo.

-Temos de ir à procura da sala, por isso se nos dás licença.- acrescenta a Izza.

-Então e tu Ella, vais dar-me o teu número para eu dar ao John que não tem coragem de pedir?

- Não!- respondo eu muito convicta.- Não vos conheço de lado nenhum!

-Tal como eu disse ao John eu digo-te também, tu é que sabes. Mas loirinha não te esqueças, ainda te vou conquistar.

Ao fim de proferir estas palavras virou as costas e juntou-se ao amigo.

Meu deus, que rapaz sem noção!

Sei que a Izza o acha atraente. Vejo nos olhos dela que ele não é completamente um desperdício. Não quero que ela se sacrifique por mim.

-Ei?- chamo por ela

-Sim?

-Não precisas de fazer isto!

-O quê Ella?

-Se queres alguma coisa com ele estás à vontade. Não te vou proibir disso, até porque não te vou privar de nada por caprichos meus.

-És louca? Nunca se põe em causa o respeito que tenho por ti.

-Não é isso Izza! Eu sei que o achas-te bonito e que estou no meio dessa rejeição que lhe deste.

-Sim, ele é lindo e o facto que não desistir torna-o atraente mas eu nunca te prejudicaria dessa forma.

-Izza, eu dou-te toda a minha permissão e o meu apoio se quiseres ter algo com ele.

-Mas El...

-Chega!- interrompo eu, já cansada de bater no ceguinho- Vai-te a ele.

O sorriso que colocou no rosto disse tudo.
Abracei-a e disse-lhe ao ouvido que estava pronta para me tornar agente do FBI e investigar as redes sociais do Liam.

*trimmmm*

Meu deus , o toque de entrada.

Começamos desesperadamente à procura da sala de aula. Pareciamos duas baratas tontas no meio daquele corredor.

Finalmente! Vi o número 21 ao longe e corri para lá puxando a minha melhor amiga pelo braço.

Era a última aula da manhã e depois disso íamos juntas para minha casa. À segunda feira só temos aulas de manhã, o que nos permite passar a tarde juntas.

[...]

A campainha ecoa novamente pelos corredores da escola e veem se os alunos a dirigirem-se ou ao portão de saída ou ao refeitório.

Cá fora avisto o carro da minha mãe. Caminhamos até lá. Nesses passos que damos só consigo pensar em como "enganar" a minha mãe. Ela sabe sempre quando se passa algo. Não quero contar-lhe o ocorrido. De repente lembro-me da viagem e mostro um ar de empolagada ao entrar no carro.

Amar A Pessoa CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora