Capitolo 4

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– James –


– Acho que isso é tudo, né? – perguntei.

Evans releu a lista de compras mais uma vez.

– Acho que sim. Não consigo pensar em mais nada – disse ela. – Mas você deve lembrar de mais coisas quando estiver lá.

Assenti.

– Lembra de pegar a nota fiscal – murmurou ela –, pra a gente conseguir passar os valores do supermercado pro Slughorn.

A encarei.

– Você vai pedir para ele pagar nossas comprar de supermercado também? – perguntei.

Ela me fuzilou com o olhar.

– Eu vou obrigar ele a pagar absolutamente tudo enquanto eu estiver presa aqui.

Resolvi não argumentar.

Não valia a pena.

Ela estava com aquele olhar de que mataria a primeira pessoa que aparecesse na sua frente – e essa pessoa seria eu. Porque eu era a única pessoa que apareceria na sua frente. Por um longo tempo.

Peguei a minha mala vazia e me dirigi para a porta.

Evans me encarou confusa.

– Você quer que eu carregue tudo sozinho? – perguntei, chacoalhando a lista de compras.

– Você quer que eu vá com você? – ela rebateu.

– Absolutamente não.

Ela revirou os olhos e eu sai do apartamento.

Não havia nada que me tirasse mais do sério do que aquela revirada de olhos. Aqueles olhos gigantescos e verdes que se sentiam superiores a qualquer coisa que eu fizesse. Era ridículo.

Eu sabia que eu era irritante, eu fazia de propósito. No entanto, aquilo não era motivo para ela perder a paciência com tanta frequência e facilidade, era?

Quero dizer, ela não sabia rir? Não sabia brincar?

Eu não me importaria se ela me provocasse de volta, provavelmente ela teria algumas respostas bem engraçadas.

Peguei o celular e liguei para Sirius.

Era uma boa ideia avisar para eles que eu não chegaria em casa tão cedo – embora eu imaginasse que eles ainda não tinham nem percebido que eu estava atrasado.

Sirius atendeu no segundo toque.

– Adivinha quem está preso na Itália? – perguntei.

James? – disse ele. – O que aconteceu? Onde você está?

– O presidente está com Febre Pulmóide e fechou as fronteiras – respondi. – Então eu preciso ficar preso em Roma até Slughorn conseguir convencer alguém a nos tirar daqui.

Avistei o tal supermercado que Paolo havia mencionado, e conectei meus fones de ouvido para conseguir continuar conversando com ele enquanto fazia as compras.

Remus, James está preso em Roma – Sirius disse.

O que? – perguntou Remus, de longe. – James, o que aconteceu?

– Aparentemente tem um vírus correndo solto aqui e eles não querem contaminar o resto da Europa! – murmurei com falso entusiasmo.

– Você estava com o prefeito ontem – disse Sirius. – Ele não avisou vocês que era melhor adiantar o vôo?

Vacanze RomaneOnde histórias criam vida. Descubra agora