XXI -Alícia

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Hey! aqui está o novo capítulo! Leiam, comentem e deixem uma estrilinha! Agradeço muito desde já!

Alícia achava que estaria livre de geografia uma vez que estudasse em Érestha, mas estava enganada. A turma estava estudando algo sobre relevo, ela não sabia muito bem o que, não queria prestar atenção. Era dia oito, o que significava dentista. Ela usava um aparelho nos dentes que precisava de manutenção todos os meses, então naquele dia, a qualquer momento, alguém ia entrar na sala e dizer que ela tinha permissão para sair. Talvez estivesse de volta depois do almoço, mas já era melhor do que ter aulas sobre relevo. Ela mal tinha aberto seu caderno ou seu livro. O relógio na parede marcava 9:45, quinze minutos para o fim da aula. O professor mal notara que ela não estava fazendo nada. Ela só queria sair dali.

-Com licença? –Uma moça baixinha de óculos e cabelos presos bateu na porta da sala. –Preciso que a senhorita Weis venha comigo.

O professor apenas olhou para a turma enquanto Alícia se levantava e caminhava, aliviada, até a moça. Ela olhou para Riley e acenou um adeus com a cabeça. O irmão sorriu.

-Bom dia Alícia Weis –a moça falou. –Sou Sílvia, uma das secretárias do diretor. Sua mãe está te esperando na diretoria para te levar a algum lugar. Sabe do que eu estou falando?

-Sim. Tenho que ir ao dentista. Todo o mês.

-Então parece que nos veremos bastante, não é? Faz parte do meu trabalho levar e buscar crianças na sala de aula! - Sílvia sorriu. Alícia sorriu de volta. –Então, onde fica esse dentista?

Essa pergunta nunca era respondida com sinceridade, pois o dentista ficava em Dusseldorf, Alemanha. Como ela era autorizada a entrar em Érestha ela podia simplesmente viajar de um país ao outro pelas passagens, sem se preocupar com aviões e passagens- um lado bom de fazer parte do reino- já que a maioria dos lugares tinha acesso a Érestha, então sempre que lhe perguntavam isso na sua escola no Brasil ela tinha que inventar uma coisa qualquer. Sílvia não ficou surpresa com a resposta.

-É, não sei se eu escolheria Alemanha mas devem haver bons dentistas por lá, não é mesmo? Ah! Ali está sua mãe!

Ruby esperava a filha em suas calças largas e blusa com estampa de tigre. O senso de moda de sua mãe era praticamente zero, mas Alícia já estava acostumada. Ela era o tipo de pessoa que dava importância para esse tipo de coisa.

-Olá filha! É bom ver que você está bem. Estava com saudades -ela deu um abraço apertado na menina.-Tenho que falar com uma pessoa portanto temos que ser rápidas. –Ela acrescentou.

-Claro mãe. Também estava com saudades.

Mãe e filha deixaram a escola lado a lado. Ruby perguntou inúmeras coisas para Alícia e a menina respondeu a todas muito contente ao ver o interesse da mãe.

-E qual foi sua primeira aula? Lembro-me bem da de Romena ter sido geografia. Ela quis matar quem quer que tenha feito o horário dela. –Ruby sorriu.

-Foi Artes da Terra. –Alícia respondeu não muito animada.

Ela não queria falar sobre aquilo, fora constrangedor e estranho. Mesmo uma semana depois ela ainda não tinha feito progresso nenhum em relação as plantas, e a professora disse que precisaria de uns dias de observação antes de ajudá-la. A menina não sabia o que isso queria dizer.

-E qual o problema? –Ruby olhou para a filha e acomodou melhor a bolsa que carregava em seu ombro.

-Nada.

-Sério Alícia. Qual o problema? Não gosta daqui? Pode me dizer, não vou ficar brava.

-Não é isso. Eu gosto muito de tudo aqui.

Érestha- Castelo de Vidro [LIVRO 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora