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AURORA

Dois anos atrás...

Últimos dias de faculdade. Logo logo estarei formada, com meu diploma em mãos e exercendo a profissão que escolhi com tanto amor e carinho.

Eu não escolhi odontologia, ela mesma quem me escolheu. Sempre quis ser bióloga marinha até ter que usa aparelho. Percebi o quanto os dentes e sorriso mechem com a autoestima das pessoas, fiquei apaixonada pela profissão e tudo o que ela envolve.

Quero ter um espeço só meu, uma clínica com a minha cara. E graças a Deus minha família tem condições para me ajudar nessa.

Moro com minha mãe, meu pai morreu quando eu estava prestes a fazer cinco anos. Não me lembro muito dele além de vagas lembranças e algumas fotos.

Saio de mais uma aula e esbarro com minha melhor amiga no corredor.

- Princesa. - Samara sorrir e agarra meu braço com o seu

Conheci Samara Alencar quando era bem pequena, não me recordo muito bem como começamos a nos falar já que de primeiras nos odiamos. Mas olha nós duas agora, completamente inseparáveis.

- Oi Sam. - digo e sorrio

- Almoça comigo hoje? - pergunta e eu concordo

- Pode ser, não estou conseguindo falar com o Maicon. - bufo e retiro mais uma vez o celular do bolso para verificar

Estou a três anos namorando com o Maicon, o conheci em uma festa da faculdade. Ele cursa direito e é definitivamente o amor da minha vida embora Samara não acreditar muito nisso. Nos completamos de uma maneira absurda. Ele me entende como ninguém e me ama incondicionalmente.

- Outra vez? Com qual desculpa ele vai vir agora? - ela grunhe - "Foi mal Aurora, é que eu esqueci meu celular com um amigo." "Estava no modo avião" - diz imitando sua voz

- Para com essa implicância Samara. Você sabe que ele é meio avoado, só não esquece a cabeça nos lugares porque está grudada no pescoço.

- Urrum sei. - resmunga - Só acho que você merece coisa melhor.

- Amiga, eu o amo. - digo - Teremos uma vida juntos e um lindo casamento.

- Quanta palhaçada. - revira os olhos

- Você diz agora até ver seu vestido de madrinha. - digo e abro um enorme sorriso

Entramos na lanchonete da faculdade e nos sentamos em uma mesa mais afastada. Fazemos nossos pedidos e esperamos.

- Eu serei a madrinha só por você mesmo porque por ele eu mandaria matar.

- Que coisa feia Sam. - a repreendo - Estamos juntos a três anos, você já deveria ter aceitado. - digo e começo a comer meu lanche que acaba de chegar

- Nem depois da minha morte. - diz - Pode escrever na minha pedra " Não aceitou o namorado da melhor amiga."

Acabo rindo

- Ridícula. - digo - Porque você não o aceita? - pergunto o que já venho perguntando a anos

- Porque ele é ridículo e não te trata como a princesa que é. - dá de ombros

- Samara. - reviro meus olhos

- O cara passa o fim de semana jogado no sofá comendo besteiras e assistindo futebol Aurora. Se jovem está assim imagina no futuro. - grunhe

- Ele gosta né. - dou de ombros - Fazer o que?

- Grrrr. - range os dentes - Para você tudo está as mil maravilhas, isso é irritante. Não é o que ele gosta, é o que você acha melhor. Você é muito perfeitinha e muito calminha, isso me estressa.

AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora