Capitulo 8.1

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- Jayden, és tu? - A sua voz soou brilhante, porém, cansada.

- Sim.

Desastradamente acendeu três velas que havia na mesa ao lado da cama, quis garantir que não era apenas vindo da sua imaginação.

Meu deus, ele estava doente só podia. Estava pálido, com umas olheiras negras à volta dos olhos e o cabelo estava todo despenteado. Saiu da cama e estava só de cuecas e uma T-shirt mas ele não pareceu não estar tão importado como eu. Abraçou-me.

- Jayden, senti tanto a tua falta.

- Martín o que se passa contigo. Estás doente?

Largou-me e tremeu do frio mas mesmo assim continuou no sitio sem se tapar.

- Só se for por ti. Jayden perdoa-me pelo o que te fiz sem te avisar de nada. Eu não amo a minha noiva, quem escolheu foi as nossas familias. Por favor não te vás embora de novo.

- Não vou, mas para isso tens de me explicar o porque desse aspeto.

- Jayden, quando te fostes embora eu não trabalhei nem saí de casa nem comi durante dois dias. Discuti com os meus pais porque percisava de sossego e um tempo sozinho e eles não compreenderam - Agarrou ambas as minhas mãos - Por isso vim para aqui.

- Percisas de comer meu querido.

De repente caiu para cima de mim. Se eu não tivesse a força de uma guerreira não tinha caído para cima de mim mas sim teria me mandado para o chão. Arrastei até à sua cama para o poder deitar.

- Desculpa, foram as tonturas - Explicou.

Fui lá abaixo para ir buscar a minha sacola. Tinha lá alguma comida caso fosse urgênte pois tinha trazido dinheiro para comprar comida. Sentei-me a seu lado e parti um pouco de pão com fiambre para lhe dar.

- Eu estou bem.

Fiz uma cara séria que o assustou e fez comer o pedaço que tinha na mão. Quando dificilmente o pôs na boca e engoliu aquele pedaço, devorou mais duas sandes. Coitado, estava esfomeado.

- Vês? Não foi dificil de comer.

- Foi uma maravilha. Jayden explica-me porque é que estás aqui.

- Ouve eu não quero falar disso.

- Estou aqui para tudo Jayden, posso tentar ajudar-te.

- Tive uma discussão com Napoléon e fartei-me de ele estar sempre a fazer merda por isso decidi passar um tempinho fora para a minha raiva passar.

- E porquê que vieste ter comigo?

- Porque a Sasha disse-me algumas coisas e eu quis confirma-las. Ela disse que gostavas mesmo de mim, eu não acreditei porque é impossível alguém apaixonar-se assim em tão pouco tempo.

- É puro. Eu estou apaixonado por ti - Olhou para mim de maneira que senti-me envergonhada - Foi amor à primeira vista, não posso negá-lo.

Eu não sabia o que lhe dizer. Não tinha a certeza do que realmente sentia por ele mas sabia que era forte, para o ter vindo procurar é porque tinha de ser forte.

Lembrei-me do nosso beijo. Reconfortou-me tanto apesar do desentidimento. Queria voltar a experiênciá-lo, voltar a sentir a mistura de sentidos, voltar a ter a mente em branca e não poder pensar em nada.

Sem nada dizer sentei-me no seu colo, de frente para ele e beijei-o. Ele estava atrapalhado, não sabia onde haveria de por as mãos no meu corpo. O beijo agora tinha algo mais, não era só o carinho que nela consta. Agora era a saudade e a falta de sentir os seus lábios nos meus, eu sei porque eu sentia-me da mesma maneira que ele. Não queria voltar a perder este beijo.

Ele rebolou deixando-me debaixo dele. Beijava-me com tanta força e intensidade que me deixava ofegante, e parece que não era só a mim, pois conseguia ouvir o seu baixo ronronar quando passava pelo meu ouvido para mordiscar a minha orelha. Estava a ficar com calor, estava a ficar sem controlo, eu queria sentir a sua pele com a minha mas ainda não estava pronta para nada mais. A sua lingua passou pelo meu pesçoco e as suas mãos vagueavam pelo meu corpo, sem saber onde paravam ou onde podiam parar.

- Não te contenhas, Martín - Disse-lhe num sussurro.

Ouvir isto deixou-lhe ainda mais louco.

- Não me digas uma coisa dessas se não, não me consigo controlar.

Tirou a T-shirt pela cabeça. O seu corpo era de cortar a respiração, não sabia onde tocar. Ele tinha os ombros largos e os abdominais estavam perfeitamente esculpidos que era de babar, os olhos quase me saltaram a ver aquelo corpo.

Voltou a beijar-me intensamente e prendi-lhe com as minhas pernas à volta da sua cintura. A sua mão passou para debaixo da minha blusa mas não me importei, as suas mãos estavam frias e o seus toques eram como choques agradáveis que ficavam permanentes na minha pele. Ao pôr a palma da mão sobre o meu estômago o ar faltou-me e fui obrigada a lançar um pequeno gemido abafado. Quando os seus dedos alcançaram os meus seios encolhi-me, sentia-me contragida.

- Não estás pronta pois não?

Abanei a cabeça, estava com medo que ele achasse estupido.

- Ouve, eu também nunca fiz isto. Também prefiro esperar.

- Obrigada Martín.

- Queres dormir comigo esta noite? Sem ti não consigo.

- Sim meu querido.

Beijámo-nos, abraçámo-nos, rebolámos até adormecermos com o toque o calor um do outro.

Laços perdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora