CAPÍTULO 01

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(Nick)

- Então, amor, está preparado para o primeiro dia de facul? – Alex me pergunta enquanto saímos do seu carro e começamos a andar em direção a saída do estacionamento.

- Acho que sim. – digo meio nervoso.

- Então por que o "acho" na frase? – ele me questiona enquanto me observa curioso.

- Mesmo já estando no segundo ano eu sinto como se fosse o primeiro dia, entende? Um friozinho na barriga! – lhe explico, morrendo de vergonha de ainda ter essa sensação.

- Mas é o primeiro dia, amor! – Alex brinca e eu maneio com a cabeça, concordando – Mas sei o que quer dizer. – meu amor fala enquanto olha pensativo para frente, enquanto passamos pela estrada que nos leva para os mais diferentes campi da Universidade – Parece que as coisas estão começando do zero, não é? Principalmente depois das férias.

Nisso reparo em seu olhar atento para as pessoas a nossa volta.

- E como está sendo esse primeiro dia para você? – eu o questiono e ele me olha confuso.

Eu então aceno para as pessoas e ele entendendo, suspira pesadamente.

- Estou ótimo. – só que esse "ótimo" não me convenceu por completo.

Alex passa pelas pessoas me puxando com certa velocidade, não como se não quisesse que elas reparassem na gente, acho que o problema maior é com ele.

Mesmo que as pessoas agora saibam que o ex-capitão do time principal de futebol é gay e tem um namorado, o fato ainda é recente para o Alex. E mesmo que ele tem encarado bem toda a mudança que veio com isso, eu vejo que ele ainda tem certo receio dos olhares das pessoas.

O Alex mesmo já me confessou que não era comum, mas no ano passado, depois de assumido, ás vezes quando nós estávamos próximos, ele via as pessoas nos encarando e falando da gente.

Eu também percebia algumas vezes, mas nunca me pareceu que ele se incomodava com isso, então eu mesmo nunca me importei com eles e dizia a mim mesmo: "Que olhem e vejam minha felicidade!".

No fim o Alex não me disse se as pessoas falavam bem ou mal, ou com curiosidade, mas focou em como ele ficava chateado quando via os membros do time na rodinha falando também.

Alex nem estava falando dos caras que bateram nele no vestiário, e sim dos outros membros do time, que comentavam sobre ele na nossa ultima semana de aula. E eu até aposto que ele perguntava ao Bill sobre o que falavam, mas esse é só um palpite, ele nem me falou nada, mas sei como o Alex adorava estar no time.

E de como odeia que os mesmo que jogavam ao lado dele agora falem dele pelas costas.

E como vocês puderam ver, eu sei os nomes dos caras que bateram e expulsaram Alex do time. Ele me disse, só que eu nem tenho ideia de quem sejam e também acho que tentar dar o troco de novo não dá certo.

O Alex ficaria chateado se eu fizesse isso novamente, mesmo que acho que eu mesmo nem faria mais.

Acho que só dei o troco no Gregori porque ele já me irritava e no fim das contas foi uma vingancinha minha também. Já que não nos demos bem desde o começo.

Com meus pensamentos nem percebo que andamos muito e logo estamos indo em direção a parte externa da lanchonete da universidade, para encontrar os outros. Nós chegamos cedo, então sem problemas com atraso.

- Então quem está pronto para o começo do terror?! – pergunta um Lucian animado ao chegarmos.

Vitoria, Marcela e Bernardo estão junto com ele na mesa.

Eu Só Quero Ser Seu - LIVRO IIOnde histórias criam vida. Descubra agora