CAPÍTULO 07

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(Nick)

- É sério mesmo que eu tenho que atender a porta da minha própria casa?! – ouço a reclamação vinda de dentro da casa do Alex.

- Não, por favor, não... – eu imploro aos céus que outra pessoa venha me atender e não ele.

Qualquer um. Até um esquilo.

E a porta se abre. Não é um esquilo, mas a cobra de social... Não, pera.

Ele tá de roupa normal, um milagre.

Sempre achei que o Jonathan comia, tomava banho e dormia já vestido de terno e gravata.

Mas agora entendi porque o Lucian deu uma secada no Jonathan quando o conheceu.

O cara de roupa do dia a dia fica muito bem.

Ele é musculoso como o Alex, bem em forma, e eu nunca havia reparado.

Mas o que adianta ter o corpo em dia se a cabeça continua vazia e a mente cheia de ideias idiotas.

- Você. – Jonathan diz simplesmente, me olhando com um desprezo comum, mas que parece estar crescendo cada vez mais.

- Sua educação a atender a porta é algo invejável, Jonathan. Muitos homens poderiam aprender com você! – digo cheio de ironia.

Talvez o desprezo em crescimento não seja algo que esteja acontecendo apenas com ele.

Jonathan tenta falar algo, mas logo avanço para dentro da casa, passando por ele com o intuito de deixá-lo sozinho. Mas de repente paro e ouço o silencio da casa.

Estranho a falta de Marcela ou Vinicius conversando, já que deveriam estar aqui agora.

- Você está sozinho aqui? – pergunto, pois caso seja sim a resposta, eu prefiro sair e esperar até que o Alex chegue na praça do condomínio.

Não quero ficar perto do pai dele e ter que ouvir muitas bobagens.

- Parece que você foi a companhia que apareceu. Estava até cansado de ficar em paz. – Jonathan responde de braços cruzados e me encarando desdenhoso. Parece que a ironia é algo que nós dois sabemos fazer muito bem – Você se acha muito intimo de mim me chamando pelo meu nome, Nicholas. Eu já te disse que não te dei essa liberdade, eu quero o mínimo de respeito.

- Bem, eu não sei se é novidade para você, mas eu não me importo com nem um pouco com a sua opinião em nada e eu te chamo como eu quiser. – falo diretamente e chego perto dele, o encarando, e continuo – E JONATHAN! – falo bem alto a palavra e ele me olha com puro ódio – Respeito é algo que se conquista de alguém e não se tem de graça.

É bom avisar isso a ele, pois parece que em toda a sua vida nunca ouviu.

- Eu não quero o seu respeito, moleque! – essa é a primeira vez que ouço essa palavra dele e não gosto. O meu tio a faz algo normal, o Jonathan faz essa palavra ser um erro ao sair de sua boca – Muito menos gosto de você por perto do meu filho.

- Difícil isso então, já que eu sou namorado dele. – pontuo o fato enquanto cruzo meus braços e o encaro com um olhar de vitória.

Eu venci seja lá qual for a nossa disputa.

A cara de raiva dele mostra muito bem isso. Na verdade, pela sua cara parece até que o Jonathan até está com vontade de me dar um murro agora.

Mas ele não desceria tão baixo... Ou subiria, no caso do meu sogrinho!

Há, há, há!!!

Sinto, pelo eu vejo da sua expressão, que ele está se preparando para deixar essa conversa mais efervescente. Já me preparo para a discussão.

Eu Só Quero Ser Seu - LIVRO IIOnde histórias criam vida. Descubra agora