Eu Só Quero Ser Seu - LIVRO II

CAPÍTULO 10

(Alex)

- Alex, espera! – Mike grita enquanto eu saio em disparada de sua sala.

Passo pelos estagiários sem nem olhá-los, mas sei que todos, inclusive Oliver e Emile, estão se perguntando o porquê de eu estar tão afoito e além, de claro, o fato do meu chefe estar atrás de mim e me gritando.

Chego ao elevador e aperto o botão, mas tenho que ficar esperando a porta abrir. E cada segundo que se passa fico mais ansioso, chego até a começar a tremer a perna.

Sinto minha respiração ficar mais forte e tenho a sensação de que vou explodir a qualquer momento.

Olho para tela acima do elevador e pelos números eu vejo a cabine passar pelos andares, parar em alguns, tudo isso para chegar aqui para me levar ao meu destino.

Enquanto penso nisso, Alonso chega do meu lado e fica quieto apenas.

Isso só me deixa mais nervoso.

- O que faz aqui?! – eu pergunto todo ríspido.

- Eu vou com você. – Alonso diz bem decidido para mim.

- Não. – respondo secamente enquanto olho para a porta de metal ainda fechada.

Só não quero o olhar, não quero descontar minha raiva em quem não a merece.

- Não vou te deixar sozinho nessa, Alex. – ele insiste e eu respiro fundo para não me irritar.

Eu era o único a não saber de nada.

Não tem como amenizar nada para mim.

- Nenhum de nós vai te deixar. Vamos ser seu suporte, não importa como. – vem Mike para meu outro lado, fazendo os dois um tipo de seguranças meus.

Como se fosse eu que precisasse de ajuda agora.

Mas meu pai em outro caso...

- Se vocês realmente quisessem ser meu suporte, poderiam ter me contado o que estava havendo na vida da família do meu namorado, em primeiro lugar. – a porta do elevador se abre assim que termino de falar. E eu entro só, esticando a mão em seguida, os impedindo de me seguir – Fiquem. Isso já não tem mais a ver com vocês. – e a porta se fecha com eles me encarando.

Com a porta fechada e o elevador em movimento eu vou ao painel, pressiono o ultimo andar útil. O andar do meu pai.

Isso agora só tem a ver comigo e ele.

*

- Por quê?! Por quê?! Por quê?! – grito enquanto estou dentro do elevador, batendo minha cabeça na parede de metal, na qual eu me escoro logo depois – Por que meu pai não pode simplesmente me ver feliz? Será que eu sou tão ruim assim?

Minha cabeça está um turbilhão de pensamentos, mas todos se concentram no fato que eu não consigo entender essas atitudes do meu pai, pois sei muito bem que ele demitiu a dona Vanessa pelo fato de eu namorar o Nicholas.

Aliás, ele mesmo me disse que iria me abrir os olhos em relação a isso.

Será que essa é a ideia de abrir os olhos dele?

E dona Vanessa...

Uma mulher incrível, trabalhadora, esforçada e gentil, que veio para a nossa cidade em busca de uma melhora na carreira e fez por isso, tanto que conseguiu um projeto grande com minha mãe. E pelo que o Nicholas disse, ela estava muito realizada.