Mais um para encerrar a sextona!
Se joguemm! Esse tá daquele jeito...rs
Evelyn
Três dias depois...
Entro de volta no apartamento de Cléo, chegando do meu plantão. Um pressentimento ruim rastejou para dentro de mim no momento em que Odete me informou logo cedo que Dylan não iria trabalhar hoje, iria ficar com a filha em casa. AnaLu recebeu alta há dois dias e não nos falamos mais depois que visitei a pequena novamente, e estou angustiada. Sei que está muito transtornado por sua garotinha ter passado mal. Dylan é um pai excepcional e deve ser por isso que não me ligou. Está dando toda a atenção para a sua filha. No entanto, ainda há uma voz em meu cérebro me alertando de que há algo mais.
Ele não teve tempo para falar comigo, mesmo por um breve momento? Ontem o achei estranho quando o vi no quarto dela. Estava muito calado, seus olhos evitaram os meus quase todo o tempo. Olavo e Marcelo chegaram e depois de os dois cumprimentarem AnaLu, os três ficaram num canto, conversando baixinho. Quando saí, não deu para falar nada com ele porque a bruaca já estava dentro do quarto de novo. É uma situação horrível você saber que está com o marido de outra mulher. Que ela é quem tem todos os direitos perante a sociedade. Sou apenas a amante, uma prostituta sem moral para muitos, sei disso. Desde que nos acertamos, não me sentia mais assim, insignificante. Mas o encontro com ela, quando fui visitar AnaLu pela primeira vez, fez os velhos medos voltarem. Ela me faz sentir a escória.
A angústia no meu peito só vai aumentando conforme o dia avançava, e ele não dá sinal de vida. Não me ligou ontem e nem hoje. Acostumei-me a falar com ele todos os dias e já estou muito saudosa sem ouvir sua voz. Tentei ligar ontem, quando deu meia-noite, e vi que ele não ligaria, mas foi direto para a caixa postal. Antes de AnaLu passar mal, havíamos combinado de ir nos divertir em alguma festa liberal.
Deus, por que ele não está me chamando? O que houve? Eu perambulo pelo apartamento, sozinha. Cléo foi dormir com a mãe, que não esteve muito bem nessa semana. Faço o jantar, macarrão à bolonhesa, na esperança de que Dylan apareça, mesmo sem me ligar. Uma, duas horas se passam, contribuindo para aumentar a minha aflição. Ligo o som na pasta de Eminem e sento-me no sofá, indo persegui-los nas redes. Sim, nunca perdi essa mania. Beautiful Pain soa, como que reforçando minha angústia. O que vejo no perfil da vaca faz o meu corpo inteiro gelar. É uma foto nova, dele com ela em um jantar com amigos. Minhas mãos tremem, suam, meu coração bate vertiginosamente. Oh, Deus, ele estava jantando com ela. O que significa isso? As palavras de Sérgio na noite do ataque me vêm à cabeça. Esse homem só está brincando com você, Eve.
Não. Meus olhos se enchem de lágrimas. Dylan me ama. Serei a sua mulher, em breve, como me prometeu. Ele é meu. Mesmo repetindo em minha cabeça, como um mantra, a sensação ruim continua me assolando. E tudo fica pior quando meu celular apita, e uma enxurrada de fotos chegam de um número desconhecido. São do mesmo jantar, percebo. Eu reconheço a outra mulher que está sorrindo, olhando para Dylan com intimidade. É a tal Vanessa. Mariah me esfregou na cara que ele adorava foder com essa. Não! Não pode ser. Não, Dylan não faria algo assim comigo. Meus olhos turvam, mais lágrimas transbordando, meu coração doendo tanto que penso que vou desmaiar. Está fazendo a troca esta noite, mas não comigo, com sua esposa. Oh, meu Deus... Choro, passando todas as fotos. Está feliz, sorrindo. E então, choro mais quando percebo o que significa: está me deixando. Soluço, puxando uma respiração trêmula, tudo em mim doendo absurdamente. Está me deixando e retomando sua vida com a mulher? Foi tudo uma mentira? Tudo o que vivemos, tudo o que ele me disse. Tudo o que senti em seus braços. Foi tudo mentira? Esteve realmente brincando comigo?
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PERIGOSA SEDUÇÃO - PARTE II (DEGUSTAÇÃO)
Literatura FemininaPERIGOSA SEDUÇÃO 2/2 O jogo saiu do controle... Dylan Thompson III, o médico renomado e com a vida conjugal estabilizada, se viu irremediavelmente encantado pela sua nova aventura, a estudante de medicina, Evelyn de Castro. O que era para ser apena...