23. Pensamentos.

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— Uma vez uma garota que eu fiquei simplesmente ficou putássa porque eu dei um fora nela. Depois disso, ela expôs para a escola inteira que eu tomei leite na mamadeira até os nove anos. — este era mais um dos relatos de Wendy durante a conversa que ela teve junto de Irene na lanchonete.

Elas estavam falando sobre pessoas estranhas com quem ficaram.

— E o que você fez depois? — Irene indagou, um tanto entretida naquela conversa.

— Confirmei os boatos, mas também espalhei pra meio mundo que ela tinha bafo. — disse, fazendo com que a Bae risse desesperadamente. — É como dizia uma certa pessoa que eu não sei, quem criou esse ditado: quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Irene não havia percebido quanto tempo de passou até então. Pensava que não se sentiria tão confortável com Wendy e logo arranjaria uma desculpa para fugir. Mas, muito pelo contrário, elas estavam tendo uma conversa interessante até.

De início, só acompanhou a canadense até a lanchonete para não ter que lidar com a cena de Seulgi e Yeri juntas. No fim das contas, aquilo deu certo. Já nem se lembrava tanto do motivo de estarem ali, apenas se entretinha junto de Son Seungwan.

— Ei, Bae, posso lhe fazer uma pergunta rápida? — aleatoriamente, Wendy a interrogou, a tirando de seus pensamentos.

— Depende. O que seria? — tomou mais um gole de seu Expresso.

— Tá bom, aí vai... — a loira dos cabelos curtos ajeitou sua postura na cadeira e então lançou: — Você e a tomboy já tiveram algo?

Irene quase se engasgou com o café, tendo sido pega bem de surpresa naquele instante. Ela limpou o canto de seu boca com um guardanapo descartável e expressou um olhar confuso para a canadense.

— Por que está perguntando isso?

— Sei lá... curiosidade? — ela disse simplista.

A Bae a praguejou mentalmente. Tudo estava indo tão bem, por que Seungwan tinha que lhe perguntar sobre Seulgi justo agora?

— Não, a gente não teve nada. — deu uma resposta seca, sem fazer muito contato visual. Mentiu porque preferiu assim, não queria prolongar aquela discussão.

— Tem certeza? — todavia, Wendy ainda não havia se dado por vencida. — Cara, eu realmente noto que existe uma tensão entre vocês.

— Por que está perguntando isso mesmo? — repetiu sua questão anterior, demonstrando seu incômodo.

— Como eu disse, apenas curiosidade, lindeza. Mas o fato de você me afirmar que não houve nada é algo que eu não acredito.

— Jura? — soltou um risinho irônico.

— Juro, sim. Mas se por um lado você diz que não houve nada, acho que a tomboy não concorda com o que você diz. Tipo hoje, quando ela te carregou até a maca sem nem receber ordens.

— Pelo que soube, ela fez o mesmo que você. — Irene deu de ombros.

— Porque eu pedi. — a canadense argumentou. — Realmente não aconteceu nada? — insistiu.

— A gente ficou uma ou duas vezes, não foi nada demais... — novamente ela omitiu todo o resto. Irene não gostava da ideia de Seungwan estar prolongando aquele assunto.

— Deixa eu adivinhar, a Seulgi não gostou de você ter dado um fora nela depois dessas ficadas? — ela ludibriou.

Irene riu para si mesma e bebericou um pouco mais de seu Expresso. Pensou consigo mesmo que se Wendy realmente soubesse da verdadeira história, não estaria dizendo isso.

That Tomboy | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora