1. Patricinha x Tomboy.

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Vejamos bem, como podemos começar nossa história? Talvez comecemos por Kang Seulgi. Ah, como defini-la?

Seulgi é uma tomboy, uma tomboy bastante desejada. Se tem algo que ela faz é sucesso entre as alunas de seu colégio. Ou melhor, fazia, não é mesmo? Seulgi adora esportes, é uma pessoa bastante apta, luta pelo que acha certo e não tem medo do combate. É bastante corajosa, ao contrário de sua irmã, vulgo Moonbyul.

Além de tudo, a Kang é bastante leal e odeia mentiras. Busca sempre proteger aquilo que mais zela, ou seja, sua família, ainda mais Moonbyul.

O fato é que Seulgi conquista muitas pessoas somente com o seu sorriso e seus olhos de gato. Tem um carisma grande quando quer demonstrar, mas também odeia socializar tanto. Sua paciência é do tamanho da sua feiura, em outras palavras, não existe.

— Aish, larga do meu pé!

Sim, ela não gosta muito de ouvir elogios, sempre cora ou se sente como um verdadeiro extraterrestre. Mas não, ela não disse para mim, que estou narrando a história. Na verdade, Seulgi só respondia mais uma de suas trezentas mensagens pendentes de Sunmi, a garota com quem transou uma semana atrás.

— Seulgi, menina, para de gritar com esse celular e vem tomar café logo! — era sua mãe, Seiha, quem gritava da cozinha. Um ponto é que provavelmente tenha sido dessa mulher que nossa Kang tenha herdado seu temperamento.

— Já vou, mãe... já vou... — a tomboy bufou por aquele ter sido o quarto aviso respectivo de sua velha.

Não querendo mais passar raiva, Seulgi desligou seu celular e o enfiou no bolso de seu moletom. Fechou sua mala e então passou a arrastá-la pelo quarto. O barulho do atrito das rodas com o piso raso ainda não a impediu de ouvir vozes no quarto ao lado.

Não era nada creepy, ou coisa do tipo, era somente Moonbyul conversando com as paredes de seu cômodo. Seulgi, curiosamente, abriu a porta e a encontrou um tanto aflita, fazendo perguntas sem respostas.

— Moon..., o que você tem? — com um leve olhar de preocupação, foi se aproximando de sua irmã sentada sobre a cama com as mãos sobre as coxas.

— Bear, eu tô com medo... — Moonbyul confessou, levando a menor a franzir o cenho.

— Medo? Medo do que, louca? — Seulgi riu desacreditada.

— Não sei... — a garota suspirou. — E se eu não conseguir me adaptar nesse colégio cheio de gente fina?

— Moon, vem cá... — sem mais delongas, a Kang passou seus braços em volta da cintura de sua irmã e a trouxe para perto de seu corpo. — Não sinta medo, ok? Lembre-se que somos mais fortes do que qualquer pessoa e de que ninguém poderá nos abalar... além do mais, se alguém ousar mexer com a gente, pode deixar  que o meu soco já está pronto! — disse, arrancando uma risada gostosa da mais alta, quem encostou a cabeça em seu ombro.

— Não vai fazer isso, sua descontrolada... — Moonbyul murmurou, dessa vez levando Seulgi a rir. — Tô falando sério. Só lembra que nossa mãe não quer que a gente, especialmente você, se meta em confusão! — ela enfatizou.

— Hm, ok, chorona... — Seulgi provocou.

— Chorona sua bunda! — a outra rebateu, dando um tapa no braço de sua irmã.

— Ei, não pode me bater também, filha da putinha... — a Kang semicerrou seus olhos e logo voltou a encará-la com um semblante divertido, a puxando pelos braços para que a mesma ficasse de pé. — Vamos logo, ou então nossa mãe vai acabar nos pegando pelos cabelos!

— Certo. — Moonbyul respondeu um tanto receosa. No entanto, todo aquele receio passou no momento em que Seulgi lhe tocou no ombro e transmitiu um olhar de "tudo vai ficar bem".

That Tomboy | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora