— Estou completamente decepcionado com a atitude de vocês! — àquela altura do campeonato, o diretor Yang já havia dado trezentas mil advertências para as duas alunas e não parava de exclamar seu descontentamento. — Você, Irene, em todos esses anos neste colégio, nunca nos deu um problema sequer, ainda mais reclamações sobre matar a aula para se... — o homem limpou a garganta pelo termo que iria utilizar. — "Se pegar" com alguém no banheiro! E você, Seulgi! — apontou o olhar para a tomboy, a qual até se estremeceu por tal ato. — Nos disseram que era uma aluna prodígio, mas mal chegou em nosso colégio e já está dando problemas!
— O senhor sabe que tem aluno que transa no corredor dos armários, não sabe? — de forma aleatória, a Kang se introduziu num outro assunto, arrancando um olhar incrédulo da garota ao lado dela.
O diretor, ao ouvir tal coisa, parece ter ficado sem argumentos diante da declaração da tomboy, mas não quis perder sua compostura de durão.
— Não tente mudar de assunto, Seulgi! — bateu com as mãos contra s mesa. — O delito que vocês cometeram hoje foi, de longe, uma tremenda falta de respeito, ainda mais com a senhora Park, que é uma dama e merece respeito!
— Uh... como se a gente tivesse transado sobre a mesa dela... — Seulgi murmurou com um riso sarcástico.
Novamente Irene e encarou com os olhos arregalados, pedindo mentalmente para que a mesma calasse a boca.
— Eu ouvi o que disse, Kang! — o diretor apontou. — Vejo que gosta de bancar a engraçadinha, não é mesmo?
— Mas, diretor, estou sendo completamente genuína com o senhor. Eu e Irene não iríamos transar naquele banheiro nem que estivéssemos bêbadas! — ela falou sem timidez alguma, chegando até mesmo deixar o próprio diretor sem jeito com as palavras utilizadas.
— Seulgi... — Irene, por sua vez, corou intensivamente e escondeu o rosto entre suas mãos.
— Não quero saber de mais nada. Como castigo, irão limpar a sala de instrumentos. — o mais velho ditou.
— O canto do mofo? — a Bae franziu o cenho.
— Exatamente. E só sairão de lá depois que deixaram cada instrumento brilhando, à ponto de poder ver o reflexo da alma!
— Mas, diretor...
— Sem mas, Irene! — ele a interrompeu rudemente. — Agora saiam da minha sala e não voltem a me importunar!
Não tendo mais o que se fazer, as duas jovens se retiraram da sala entre passos relutantes, com um ódio tremendo especialmente pela professora de literatura. Porém, quem nutria uma raiva ainda maior era Irene, quem batia os pés em direção à sala.
Seulgi preferiu não falar nada para não irritar ainda mais a garota. Elas adentraram na sala, já atrasadas para a outra aula que acontecia. Ambas encararam o interrogatório, respectivamente por Moonbyul e Solar.
A manhã seguiu da mesma forma de sempre, com muitas atividades e afins. As duas consideraram ainda não falar nada para ninguém sobre o beijo que acontecera no banheiro, tanto que durante o intervalo e o almoço nem se falaram.
Mas foi inevitável para Irene não sentir aquele mesmo ciúme ao ver Seulgi conversando toda empolgada com Yeri. Sua vontade era de ir até lá e mostrar para a mais nova que a tomboy só podia beijar sua boca e a de mais ninguém, mas ainda não podia exigir tal coisa, bem porque, como a própria Seulgi falou, elas não são namoradas.
Então o tempo foi se passando, até que o período da tarde chegou, onde Irene e Seulgi seriam obrigadas a limpar a sala de instrumentos até que esta se encontrasse brilhando feito diamante. Um castigo um tanto exagerado do diretor, considerando o fato de que aquela sala não era muito frequentada pelos funcionários devido à sujeira excessiva.
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That Tomboy | Seulrene
FanfictionApós um ataque devastador no colégio Village High, Seulgi e sua irmã adotiva, Moonbyul, são forçadas a se mudarem para o renomado colégio interno, Seoul West High. Nessa nova realidade, elas terão que se adaptar ao mundo dos playboys e patricinhas q...