That Tomboy | Seulrene

25. Desculpas é um bom começo.

Uma tremenda contusão foi armada. Para começar, Seulgi foi levada para enfermaria após ter desmaiado de fraqueza e de raiva também. Wendy foi interrogada pelo diretor sobre o que aconteceu. Irene, como era a cúmplice de tudo, também teve de ouvir os questionamentos do senhor Yang.

Aquela sexta-feira se encerrou de forma conturbada. Yeri quando soube da confusão, quis descobrir mais a fundo indo até a tomboy, no entanto, a mesma, ao acordar, foi obrigada a ouvir os sermões do diretor, bem como de sua mãe Seiha.

No fim das contas, Seulgi foi suspensa da escola por uma semana por ter arranjado briga, algo intolerável em Seoul West High. Parece ser uma medida bastante radical, mas agora vocês devem entender o porquê desse colégio ser o mais requisitado por grande parte da Coreia.

A situação com a dona Kang não estava em seu perfeito estado. A mulher se preocupou por demais ao chegar na instituição e saber que a filha se encontrava inconsciente por longos minutos. Mas bastou Moonbyul lhe explicar toda a situação para que sua concepção mudasse no mesmo momento.

O que nos leva ao exato instante em que Seulgi foi levada por sua mãe do SWH até sua humilde casa. A garota largou suas coisas de qualquer jeito sobre o sofá e jogou o corpo em sua cama, querendo evitar qualquer tipo de discussão com sua velha. No entanto, estamos falando de Kang Seiha.

— Senta direito. — com o seu autoritarismo, a mulher adentrou no quarto e cruzou os braços. — Não adianta fingir que está morta, Seulgi. Terei essa conversa com você, nem que seja na base da telepatia, ou conexão com os espíritos!

— Me desculpa, mãe... — a tomboy iniciou seu discurso proferindo o óbvio. Já esperava que o sermão fosse supremo, mas ainda assim tentava de todas as formas se safar de um castigo ainda maior. — Sei que prometi que não me envolveria em problemas neste ano, mas é que as coisas saíram do meu controle.

— Você bateu numa garota, Seulgi. — ela dizia desacreditada. — Num garoto eu posso até tolerar, contando que tenha motivos também! Mas bater numa garota?

— Mãe, só me escuta, ok? Aquela garota me provocou, a senhora não tem ideia...

— Independente de tudo isso! — Seiha a cortou rispidamente. — É irracional agir com violência, filha. Você acaba perdendo a razão quando enfraquece sua sanidade!

— Eu sei... — abaixou a cabeça, envergonhada.

— Que bom que sabe, Bear... — dessa vez, a Kang mais velha optou por amansar sua entonação grossa. — Você não é uma pessoa ruim, até porque eu te criei e sei disso.

— Na verdade, eu sou uma pessoa péssima, mãe. — antes mesmo de Seulgi perceber, algumas lágrimas já escorriam de seus olhos. Muita coisa passou por sua cabeça naquele instante, especialmente a briga que teve com sua irmã mais cedo. — Descontei minha raiva na Moon e em uma outra pessoa que não mereceu ouvir o que eu disse.

— Você é uma cabeça dura mesmo. — Seiha deu um leve tapa na nuca da mais nova e se sentou ao seu lado, passando a abraçá-la. — Infelizmente, haverão momentos em que agiremos de cabeça quente, mas é normal errarmos algumas vezes, Bear. Então não quer dizer que você seja uma pessoa ruim. Uma pessoa ruim é quem faz isso por prazer e não se arrepende.

Involuntariamente, a Kang mais nova sorriu e encostou sua cabeça sobre os ombros de sua querida mãe. — Acho que o melhor a se fazer é pedir desculpas, certo?

— Pedir desculpas é um bom começo, bebê. — afagou os cabelos morenos da mais alta.

— Uh... — Seulgi ria minimamente com o que Seiha havia dito. — Bebê... há quanto tempo não ouço a senhora me chamar desse jeito?