43. O mais alto que você puder.

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Nota: eu exijo os meus mimos com este capítulo, EXIJO!

...

Quatro horas em ponto. Bom, talvez uns segundinhos a mais. Mas lá estava Son Seungwan, vestida em um shorts jeans, uma camisa de tecido fino que combinava com a estação outono, completando o look com um vans azul, bem em frente à porta de Park Sooyoung.

Ela pensou se deveria passar no caminho para comprar um buquê de flores, mas também pensou que aquilo não seria um encontro dos anos cinquenta. Porém, a opção era um tanto tentadora, pois a única coisa que Wendy conseguia imaginar era justamente o lindo sorriso de Joy ao ver várias rosas vermelhas conjuntas em sua mão. Por que não? Por que sim?

Mas voltemos ao fato de que ela ainda se encontra parada em frente ao apartamento 034, que é onde sua deusa Afrodite mora. Bastava apenas tocar a campainha, então ela o fez. Ouvindo som de passos, a Son se prontificou a arrumar sua postura para que enfim pudesse ver o lindo rosto de Sooyoung.

No entanto, a única coisa que ela avistou no momento em que a porta se abriu foi o rosto confuso e carrancudo de seu professor, vulgo Jung Haeshin.

— Wendy? — o mais velho estranhou, cruzando seus braços diante da menor. — O que faz aqui?

— B-boa tarde, professor. — a canadense, como forma de educação, fez uma reverência de quase noventa graus ao seu treinador. Nervosismo era o nome daquilo. — Como vai?

— Como vou? — ele franziu o cenho.— Eu vou bem. Mas você ainda não respondeu minha pergunta.

— Bom. — a garota pigarreou, tentando pensar numa resposta bem elaborada. — Fiquei sabendo da sua cirurgia, então vim aqui lhe desejar melhoras. Espero que o senhor não morra.

Ótimo, Wendy realmente não sabia controlar suas palavras quando se encontrava nervosa, tanto é que o Jung só pode arregalar os olhos ao ouvir o que sua aluna dissera.

— E por que eu morreria? — fez uma indagação incrédula.

— É-é... — balbuciou outra vez, observando a situação que ela mesma criou. — Todos nós morremos algum dia, certo? Foi Deus que nos disse.

Cruzes, Wendy só queria que Joy entrasse em cena logo para que não tivesse que passar ainda mais vergonha na frente de seu pai.

— Você veio aqui para divulgar a palavra de Deus, é isso? — Haeshin suspeitou, embora imaginasse o contrário.

— Oh, sim... Deus foi maravilhoso quando fez sua filha. — aquilo era para ter sido um pensamento, mas acabou saindo alto demais.

— Oi? — a voz estridente do homem a tirou de seus devaneios.

— Oi? — ela repetiu sua pergunta, chocada pelo que deixou sair de sua boca maldita.

— Veio aqui por causa da Joy? — Haeshin afiou seu olhar em direção à Seungwan, quem só pode se estremecer naquele momento.

Oh, Jesus, me leve agora mesmo. Tudo o que Wendy conseguia pensar era que provavelmente estará morta nos próximos segundos, ou então ela ficará de reprova em educação física.

Mas sempre existe uma luz no fim do túnel. E essa luz veio justamente quando uma voz doce e feminina ecoou do fundo da sala.

— Wendy! — era Joy, quem terminava de colocar seu brinco de pedras verdes em cada orelha. — Pai, o que está fazendo aqui? Não pode ficar andando pela casa como quem não quer nada! — a Park o repreendeu.

— E você não me disse que estava de saída, mocinha!

— Uh... — revirou os olhos. — Perdão, acho que esqueci de te avisar. Mas enfim, eu vou sair com a Wendy.

That Tomboy | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora