Quando o Cal falou de chamar aquele amigo dele do escritório, eu já sabia que não daria certo, mais ele sabe como me convencer, agora estamos aqui, esperando o abençoado e eu morrendo de medo da Sam dar um tiro nele, ela não anda armada, mas pela cara que fez tive até vontade de conferir a bolsa dela.
Amo minha amiga, mas sei que essa vida solitária não é legal, não consigo imaginar minha vida sem minha família, e gostaria muito que ela vivesse isso também, a sensação de ter para quem voltar todo dia é reconfortante. Hoje não imagino minha vida sem o Cal e a Aurora, sei que eles são meus presentes, e luto por minha família com todas as minhas forças.
Mas a Samantha já passou por muita coisa, ela não é de falar muito, mas sei que a falta do pai é o principal motivo dessa decisão de ser sozinha. Ela era muito pequena, mas viu de perto o sofrimento da mãe, nos conhecemos alguns anos depois, e ainda era uma ferida bem grande para as duas, foram longos anos até que ela conseguisse tocar no assunto sem ficar no mínimo abalada. Por isso não forço nada, e, mas hoje quando o Cal sugeriu esse encontro as cegas, não consegui falar não.
E agora estou aqui, aflita, esperando por algo que nem sei se vai dar certo.
Perdida em meus pensamentos, sou despertada pela campainha, nosso ilustre visitante acabou de chegar.
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Devaneios de uma mulher de 30
RomanceSamantha, é uma jovem prestes a completar trinta anos, cheia de vida e projetos. Com temperamento difícil, muitas vezes acaba por se isolar no seu mundo perfeito, mas algo inesperado acontece e a tira do chão, fazendo pensar e reviver seu passado, e...