⤷ten

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LANCASTER, olivia.

Fazia apenas alguns minutos que tínhamos saído da casa do Nate, e o garoto não parou de falar sobre o relacionamento da irmã com o Derek.

Aquilo estava me dando nos nervos, até porque, eu não queria saber sobre a vida sexual de ninguém. A única que interessava era a minha — que no momento não estava tão ativa quanto eu esperava.

Toda vez que Nathan abria a boca para reclamar da Hope, eu apenas concordava e soltava um falso bocejo, mas o garoto não se tocava.
— Olivia, você está me ouvindo? — Nathan perguntou, visivelmente irritado com a minha falta de atenção.

— Desculpa, você é chato e eu parei de prestar atenção. — Respondi com a voz calma e um sorriso meigo em meus lábios, enquanto encarava ele.

— Por Deus! Você é muito mal educada. — Nathan balançou a cabeça negativamente, e se sentou na calçada.

— Mal educada não! Eu sou narcisista. — Corrigi o garoto, me sentando ao lado do mesmo.

— Eu estou cansado de me preocupar com o relacionamento da Hope com o Derek. — Ele disse, soltando um suspiro e deitando a cabeça em meu colo.

Levei minhas mãos até o cabelo do Nathan e comecei a fazer cafuné.

— A Hope sabe se cuidar, Maloley. — Falei, em uma tentativa de deixar o garoto mais calmo.

— Isso eu sei. — Ele respondeu, revirando os olhos. — Eu fico preocupado com o Derek.

— Por que? — Indago, visivelmente curiosa.

— Minha filha, acorda! Estamos falando da Hope. Ela só sabe dar golpe. — Ele disse.

E foi nesse momento que eu entendi.

Qualquer pessoa que conhecesse a Hope o suficiente sabia que ela não prestava. E o Derek era emocionado demais.

A maior preocupação era que ninguém iria aguentar o Derek sofrendo por amor.

Dei de ombros e abaixei o meu olhar, fixando no moreno que estava com a cabeça em meu colo. Quando estava prestes a dar um selinho no garoto, o Johnson apareceu do nada, me fazendo afastar e empurrar o Nathan.

O maconheiro soltou um grito fino logo depois que bateu com a cara no asfalto.

— Oi, meus queridos amigos. — Johnson estava olhando com uma certa desconfiança para nós dois. — Atrapalho algo?

Não existe uma pessoa mais cara de pau do que ele.

Revirei meus olhos logo após Johnson se sentar entre mim e Nathan.

— Não, Johnson. — Respondi, com um sorriso falso no rosto.

— Claro que você atrapalhou. — Nathan respondeu irritado. Johnson apenas soltou uma risada nasal.

— Por que você tá rindo? — Perguntei.

— Eu não sei. Gosto do sofrimento dos outros. — Johnson respondeu, orgulhoso de si mesmo e me abraçou de lado.

Me afastei do Johnson e encarei o mesmo, com a feição séria. Felizmente ele entendeu o recado e se levantou.

— Hoje meu silêncio vai ser uma poesia e eu calado vou ser um poeta. — Johnson falou, acenando para gente enquanto se afastava.

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𝑪𝑨𝑳𝑶𝑻𝑬𝑰𝑹𝑨 • 𝒏𝒂𝒕𝒆 𝒎𝒂𝒍𝒐𝒍𝒆𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora