⤷twenty-one

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LANCASTER, olivia.

Joguei o pozinho cancerígeno no macarrão instantâneo e sorrio satisfeita. Peguei uma colher pra misturar e não ficar com o gosto estranho.

Depois que eu chamei o Nathan pra sair, não tinha ideia pra onde levar ele. Então, Hope disse pra eu cozinhar alguma coisa.

Eu não sabia cozinhar, e fui perceber isso bem depois. Minha salvação foi o macarrão instantâneo.

Se o Nathan gosta de maconha, tenho certeza que de macarrão também. Até porque, quando se fica na larica come qualquer coisa.

Desliguei o fogo e peguei a panela, pra colocar a comida nos pratos que estavam em cima da mesa de jantar. Arrumei os talheres e a campainha tocou.

Fui correndo abrir a porta, dando de cara com o moreno. Ele estava com um sorriso fofo no rosto, e o perfume extremamente forte. Até Voldemort que não tinha nariz estaria incomodado com o cheiro de perfume.

— Hey, salsicha. — Sorrio para o garoto, logo após ele deixar um selinho em meus lábios e entrar na casa.

— Por que salsicha? — Ele perguntou, sem entender o apelido. Fechei a porta e me virei para o garoto, puxando para sala de jantar.

— Eu vi uma teoria na internet que o salsicha do Scooby-doo fumava maconha. Isso explicou o motivo dele sempre sentir fome. — Dei de ombros.

Guiei o garoto até a sala de jantar, como se ele não conhecesse.

Nathan vivia aqui em casa depois que começamos a ficar. Já sabia onde ficava tudo.

Ele parou em frente a mesa, intercalando o olhar entre o prato e eu.

Isso me deixou nervosa, vai se gastei meu tempo e neurônios tentando fazer algo que ele detesta.

— Eu amo macarrão instantâneo. — Ele esboçou um sorriso sincero, me fazendo soltar um suspiro de alívio e me sentar na cadeira.

— Eu descobri um ingrediente secreto. — Falei, pegando a taça de vinho para tomar antes. — Pacotinho do sabor. O malandrinho tem um nome apropriado.

— Tenho que dizer que isso foi a coisa mais fofa que você fez pra mim. — Ele disse, após se sentar e começar a comer.

Franzi o meu cenho, sem deixar de ficar chocada com o que ele falou.

— Claro que não, eu sempre faço coisas especiais pra você. — Revirei os olhos, me preparando para comer, mas antes olhei para o Nathan. — E quando eu alimentei o seu peixinho?

— Ele morreu um dia depois. Aquilo não era a comida dele. — Nathan arqueou as sobrancelhas, e não evitou de soltar uma risada.

— Não vamos estragar o jantar, por favor. — Peço.

— Tudo bem. — Nathan concordou e sorriu.  Como foi seu dia?

— Fui almoçar com meus pais, e um senhor estava engasgando com a comida, então salvei ele. — Disse orgulhosa com o meu altruísmo.

— Mentira. — Ele disse impressionado e feliz por mim. — Você o fez desengasgar?

— Não. — Neguei com a cabeça, enquanto mexia o macarrão no prato. — Eu gritei que ele estava se engasgando e os garçons foram ajudar.

— Você é uma heroína. — Ele disse, segurando minha mão e acariciando. — É por isso que eu amo você.

— Obrigada!

Tentei disfarçar o meu choque, com a declaração do garoto.

Vinho. Eu precisava de mais vinho.

Peguei a garrafa que estava em cima da mesa, e tirei a tampa. Nem precisei colocar na taça, já bebi de uma só vez.

— Você só vai falar isso? — O tom de decepção era visível no garoto. Aquilo me deixava ainda mais nervosa e assustada.

— Quer ir pra sua casa transar? — Sugiro, tentando fugir da conversa. — Meus pais só toparam deixar a casa livre por algumas horas, então não sei quando eles podem aparecer.

— Não precisa nem perguntar duas vezes. — Ele disse, se levantando da cadeira.

Essa foi por pouco.

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𝑪𝑨𝑳𝑶𝑻𝑬𝑰𝑹𝑨 • 𝒏𝒂𝒕𝒆 𝒎𝒂𝒍𝒐𝒍𝒆𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora