𝟎𝟒.

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▀▄▀▄▀▄▀ CHAPTER FOUR ▀▄▀▄▀▄▀

Pov. Artémis.

Adentro o quarto e tenho uma leve tontura que faz eu me apoiar na mesa escura no canto. Ando meio cambaleante até o banheiro do local e me olho no espelho. É, eu já estive melhor. Mas já esteve bem pior também, uma voz na minha cabeça fez o favor de me lembrar.

Pego o kit de primeiros socorros e limpo o sangue já seco do local que estava dolorido. Passo um pouco de bacta na ferida e volto para o quarto pegando meu datapad e paro no meio do caminho, a presença na força era bem fraca, mas estava lá. Minha mãe havia sobrevivido. Deixo um longo suspiro escapar e sento na cama, desbloqueando o aparelho e me deparando com uma mensagem de horas atrás.

Estou te mandando essa mensagem sem medo porque sei o cuidado que tem com suas coisas nesse lugar e sei que ninguém além de você receberia essa mensagem. Também sei que posso confiar que você não vai contar a ninguém o que está escrito, não faz seu tipo, e por favor, não pergunte como eu consegui fazer isso. Artémis, estou te contando isso porque sei que você e Luke precisam conversar, se resolver. Ele se sente culpado, você sabe disso. A jovem Rey foi atrás dele, e agora eu te peço que vá também, não só para conversar com ele sobre o passado, mas também para tentar trazer ele para perto. Ele está em Ahch-To, um planeta nas Regiões Desconhecidas. Está nas suas mãos o que fazer com essa informação, use-a com sabedoria. Sinto sua falta.

Léia.

Minhas mãos tremiam, eu não sabia se era pelo choque de receber uma mensagem dela ou se era de raiva pela audácia que ela teve de me mandar ir até ele. Mas no fundo eu queria, e sabia que eu realmente precisava. Às vezes enfrentar o passado é o melhor modo para poder seguir em frente. E para continuar com a máscara de Lady Kyrah, eu precisava enfrentar meu passado como Artémis. Além de Solo, sou uma Skywalker afinal.

Eu acho que a batalha ainda estava rolando, então deixei um bilhete de baixo da porta de Ben dizendo que eu ia sair para esfriar a cabeça e para ele não se preocupar. Peguei meu Tie Fighter e pus as coordenadas para Ahch-To, meu interior se revirando. Um tempo depois saí da velocidade da luz, o planeta azul se destacando a minha frente. Ao entrar na atmosfera do planeta, senti a Força vinda da garota, havia tanta luz que eu poderia ficar cega. Pilotei a nave sendo guiada pela presença dela, logo aterrizando, com um ponto de dificuldade pelo relevo do local.

Mal tinha saído do Tie Fighter, senti o ataque vindo e parei a garota com a Força. Virei para ela e a garota me olhava com pavor, para dizer o mínimo. Seus olhos arregalados me olhavam com curiosidade, as sobrancelhas arqueadas.

- Quem é você? - Disse a garota ofegante por causa do esforço que fazia para tentar sair do meu aperto.

- Alguém que não tem paciência para lidar com seus surtinhos, Rey. Vou te soltar, mas se me atacar de novo vou ser obrigada à revidar. - Digo e solto a mesma, que cai no chão. - Onde está o Luke? - Digo olhando ao redor, respirando o ar salgado do local.

- O que quer com Mestre Skywalker? Como chegou aqui? - Rey fala em tom defensivo, me olhando com dúvida.

- Mestre? Minha mãe não muda, sempre me escondendo os detalhes importantes... Olha garota, eu não tô com tempo. Leia Organa me deu a localização, agora você pode POR FAVOR, me levar até o velho? Porque eu estou começando a me arrepender de ter vindo até aqui. - Ok, pode ser que eu esteja ficando histérica.

- Léia? Peraí, Léia é sua mãe? - O ar de incredulidade é explícito em suas palavras.

- Seu "Mestre" pode te contar tudinho, agora pode me levar até ele?

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