The best and worst night

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JAEBEOM

A infeliz verdade que me perseguia e não me deixava ter uma paz duradoura ao lado de Youngjae era que eu não tinha a menor ideia do que eu poderia fazer para acabar com os problemas em relação ao seu pai. Minhas promessas não eram vazias, pois eu sempre tive total intenção de ajudar ele e a mãe, só não sabia de que modo.

Passei todos os dias, desde que nos encontramos pela primeira vez, tentando elaborar planos que dessem um fim naquela vida caótica e violenta que a família da pessoa que eu amo estava passando. Já pensei em fugir com eles, mas certamente não daria certo, primeiramente porque nenhum de nós tinha dinheiro suficiente que nos permitisse ir para um lugar distante e também porque fugir dos problemas é o contrário de enfrentá-los e resolvê-los de uma vez por todas. Obviamente descartei a possibilidade de matar ou ferir o pai de Youngjae, eu estava bem longe de ser um criminoso e não me prestaria o papel de ter que sujar as mãos com um tipo tão repugnante como ele. Só me restava recorrer à justiça, a opção mais difícil, porém a mais certa a ser tomada. Não poderíamos denunciá-lo, pois a mãe de Youngjae não aprovaria e correríamos o risco de não dar em nada e ele poderia retornar mais violento ainda. Tínhamos que agir para pegarmos ele em flagrante ou conseguirmos filmar uma prova. Eu só precisava planejar as coisas perfeitamente e convencer Youngjae a me ajudar.

Me doía tanto ter que vê-lo e perceber que estava triste eu preocupado com sua mãe. Por mais que ele não falasse nada sobre o assunto, seus olhos delatavam toda dor e sofrimento as quais ele era submetido praticamente todo dia. Não poder sonhar com ele me deixava mais preocupado ainda, ele não me contava nada e assim dificultava ainda mais para o meu lado, pois ficava de mãos atadas, não poderia ajudá-los daquele jeito. Tocar no assunto também não era nada fácil para mim, pois trazia à tona tudo de ruim que Youngjae fazia de tudo para esconder de mim e era quase insuportável olhar para ele quando o mesmo estava triste. Era a pior parte dele, sem dúvidas, mas eu não odiava por isso, só aumentava meu amor, minha preocupação e minha urgência em resolver tudo. Eu precisava cuidar dele, pois ele era tudo que eu tinha de precioso em minha vida. Youngjae era meu amor e meu destino.

Acordei mais uma vez depois de outra noite sem nenhum resquício de sonhos. Não sonhar não melhorou nem um por cento a minha insônia, às vezes eu tinha a sensação que havia piorado, mas eu me contentava em ter Youngjae na vida real, era bem melhor daquele jeito. poder conviver com ele, poder sentir sua presença, segurar suas mãos e perceber que ele é real já me enchia de felicidade e recarregar vá totalmente as minhas esperanças. Após despertar completamente de um sono que durou provavelmente 3 horas seguidas, verifiquei o horário e mandei uma mensagem para jae.

"Bom dia. Vou tentar não me atrasar muito hoje."

"Tudo bem se atrasar um pouco, eu espero por você."

Me arrumei rápido, colocando um moletom bem aconchegante, reclamando internamente por ter que enfrentar mais um dia de muito frio. Tomei dois goles do café que minha mãe havia preparado, me despedi da mesma com um beijo na testa e me apressei para sair, em direção à casa de Youngjae. No caminho, senti meu celular vibrar em meu bolso esquerdo, notificando uma mensagem. "Bom, não estou atrasado assim... Será que Youngjae está com pressa hoje?" Antes de ficar mais preocupado, verifiquei a mensagem e vi que era de Jinyoung.

"Preciso falar com você e com Youngjae hoje. O assunto é sério mas é muito bom."

Estranhei aquela mensagem misteriosa vinda dele, porque, desde que eu conheço, Jinyoung nunca foi de rodeios, era muito direto em tudo que queria expressar. Percebi que não era motivo de alarde ou preocupação, já que ele disse ser uma notícia muito boa, e tratei de o responder logo:

MORPHEUS: between life and dream farawayOnde histórias criam vida. Descubra agora