Dois anos se passaram, eu voltei ao Brasil e tenho vivido para cumprir as promessas que fiz. Assumi a cadeira do meu pai na presidência da Conti e tudo está caminhando muito bem, a experiência de morar em Londres foi fundamental para gerir as coisas bem por aqui.
O testamento do meu pai foi aberto naquela semana, que parecia não ter fim, e todos os seus desejos foram realizados por mim e por Isabel. O testamento não teve nenhuma surpresa, cinquenta por cento de tudo que era dele para mim, seu único filho, e os outros cinquenta por cento para ela, sua esposa.
Claro que ela não veio trabalhar na empresa, sua presença é exigida em algumas reuniões do conselho, mas ela confiou a mim a gestão de tudo, alegando que não tinha a menor competência para gerir a Conti e afinal de contas, ela seguiria com o próprio trabalho na televisão. Foi o que eu esperava e claro que não me faria de rogado, eu estudei e me preparei a minha vida toda para isso, e além do mais, cuidaria dela, como prometido.
Eu vivi o meu luto e tomei conta das coisas, me afundei no trabalho e na musculação. Sim, eu já era forte, mas nos últimos um ano e dois meses tenho me dedicado ao crossfit. É a minha terapia, eu preciso me matar no crossfit, acabar com os meus músculos depois de um dia de trabalho. Você pensa que é difícil? Eu vou te dizer o que é difícil: Difícil é voltar para casa e vê-la cada dia mais linda e mais inatingível.
Eu juro que tento entender como uma pessoa pode parecer mais linda a cada dia que passa, mas não consigo. A dois anos eu me mato no trabalho e nos meus exercícios para que quando eu chegue em casa tenha forças somente para tomar banho e ir dormir.
Ficar perto dela é uma tortura, o cheiro dela acaba comigo, a boca dela parece que me chama a todo instante, eu não me concentro em nenhuma conversa que temos, eu só consigo me imaginar agarrando e matando todo esse desejo que eu sinto a tanto tempo. Ela é perfeita em tudo, falando, lendo, comendo, brava, feliz, sorrindo, trabalhando... Eu sei, eu pareço um maníaco, mas me entendam eu amo essa mulher demais.
“Vai me dizer que ta se mantendo casto para ela nesses últimos dois anos?” — Eu estaria mentindo se dissesse que sim. Eu tive os meus rolos quando voltei para o Brasil, não vou negar. Mas a seis meses eu percebi que essa situação precisa de um desfecho.
Eu estava em um bar depois de um dia maçante de reuniões e bebia com meu amigo Guilherme, que trabalha comigo na empresa, é um dos meus diretores contábeis. Pois bem, bebíamos e estávamos de olho em duas amigas que não tiravam os olhos da gente desde que entramos no bar, quando de repente eu olho para a televisão sem som que ficava ao lado do barman e aparece quem? Exato, a diaba!
Ela estava sendo entrevistada em um programa muito famoso e eu nem preciso dizer como ela estava perfeita não é mesmo? Perfeita e quase pelada! Mentira, esse é o meu homem das cavernas totalmente puto da vida só de lembrar do vestido que ela estava usando. Decotado, justo e aquele delicioso par de pernas de fora. Eu pirei, eu vi tudo vermelho e eu morri de ódio, por que sabia que não podia invadir os estúdios e colocá-la sobre os ombros e sair com ela da emissora mostrando a todos que aquela gostosa já tinha dono: EU.
Claro que eu não fiz isso. Eu terminei a minha bebida e parti pra cima da garota que não parava de me encarar. A levei para um motel e enquanto eu a fodia só pensava na minha diaba, esse é o mal dos homens, sempre queremos provar a nossa suposta superioridade desse jeito e depois que ela gozou gostoso no meu pau e gozei gritando o nome que a 17 anos estava entranhado no meu sistema: ISABEL.
Óbvio que eu levei um belo tapa na cara, merecido, eu sei. E depois de um banho e no caminho de volta a minha casa eu tomei a decisão que eu só levaria uma mulher para cama quando eu realmente estivesse interessado nela, eu não sou mais uma criança, eu tenho 35 anos de idade. Tenho que controlar o meu pau, caralho.
“Isso quer dizer que você está na seca?!” — Seca? Eu sou o próprio deserto do Saara. Eu estou com o maior caso de bolas azuis da história. Eu vivo igual um adolescente batendo punheta todas as vezes que eu passo mais de 15 minutos na presença dela. Eu não aguento mais, essa situação já está ficando ridícula, eu não posso mais seguir agindo como um adolescente por causa dela.
Cheguei à conclusão de que preciso desabafar e ter a opinião de alguém de fora. Cansei de lutar, isso está mais do que provado que não é uma paixonite boba, não é fogo de palha. Eu amo essa mulher.
E ela vai ser minha, custe o que custar. E o Guilherme vai ter que me ajudar a pensar em algo para conquista-la.
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Inevitável
RomanceEla não foi uma madrasta malvada e ele não foi um enteado presente. A tensão sexual de ambos venceu o tempo e a distância! E agora não há nenhum impedimento, muito pelo contrário, o destino parece dar um empurrãozinho quando eles se vêem trancados n...