Capítulo 23

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Espero alguns minutos para entrar no elevador e subir

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Espero alguns minutos para entrar no elevador e subir. Não é bom que ninguém veja eu e ele chegando juntos. Conheço bem o meu pai, se ele se quer pensar que estou morando com Leo, é capaz de demiti-lo no mesmo instante, e não quero ser responsável por isso porque sei que esse emprego é muito importante para ele.

Assim como também não quero que ninguém pense que tenho um caso sério com ele – apesar de querer muito ir pra cama com ele.

O tempo passa e entro no elevador. Aperto o botão do décimo quinto andar e o elevador sobe, assim que piso no andar, vários olhares de gozação são lançados para mim. Não pela minha roupa, claro, pois sei que estou linda e estilosa como sempre. Mas por causa do cargo que estou exercendo na própria empresa do meu pai. É um saco isso, pois todos acham que sou a filha inútil do papaizinho – o que não é verdade, pois sei fazer planilhas no Excel!

Ignoro todos e sigo para a minha mesa. Penduro minha bolsa na cadeira, jogo minha bunda na cadeira e ligo o computador.

— Bom dia, Mariana — a Quatro Olhos lança seu sorriso falsificado para mim. — Parabéns, hoje conseguiu bater o record. Quinze minutos de atraso. Comparado ao seu segundo dia em que teve uma hora de atraso, isso é um grande avanço.

— Obrigada, Fabiana — lhe lanço um sorriso de desdém. Ela me lança outro. Odeio ela. Essa mulher é mais falsa que uma bolsa da Louis Vuitton na Feira dos Importados aqui de Brasília. Quando o Leo está por perto ela é um anjo, mas quando ele não está – como é o caso de agora – ela vira o próprio diabo.

— Será que pode emitir algumas notas fiscais para mim? — Ela pergunta naquele tom mais debochado. — Isso é, se é que aprendeu a emitir notas fiscais.

— Não se preocupe, aprendi com o Leo que foi muito gentil em me ensinar, porque se dependesse de você eu não saberia nem contar um mais um de tão horrível que você é para ensinar.

Ela sorri.

— Mas como eu poderia ensinar alguma coisa a alguém que é a filha do chefe, mas que no entanto não consegue nada mais que um cargo de assistente.

Piranha.

— Pois se eu fosse você tomaria muito cuidado com a filha do chefe aqui, pois posso muito bem ter uma conversinha sobre você com o meu papaizinho.

Ela ri debochada.

— Não acredito que vai ter coragem de ir chorar para o seu papaizinho. Como se um dos maiores empresários da América Latina fosse dar ouvidos a uma filha mimada. Ele tem coisas muito mais importantes a fazer do que ficar ouvindo seus lamentos, queridinha. E além disso, todos nós aqui sabemos que seu pai não dá a mínima pra você. Aliás, acho que ninguém.

Essa doeu. Sei muito bem que meu pai não dá a mínima pra mim, não preciso ficar ouvindo isso de outras pessoas.

— Ah, vai chorar? Por que não vai pro colo do seu papaizinho? Se bem que eu acho melhor não, ele não vai querer ouvir a filha mimada.

Apartamento 302 (Série Apartamento - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora