Capítulo 34

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É claro que agora que voltamos a ficar numa boa Mariana iria me fazer vestir uma das roupas caras que comprei

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É claro que agora que voltamos a ficar numa boa Mariana iria me fazer vestir uma das roupas caras que comprei. Desta vez é uma gola polo azul oceano, que a propósito caiu super bem em mim com a calça jeans apertada e o sapato preto lustroso.

Mariana sabe como combinar as roupas. É especialista nisso.

Fico imaginando que minha vida sem ela voltaria a ser monótona e sem cor como sempre. E foi, na verdade. Nessa semana em que ficamos separados foi como ter uma nuvem preta me acompanhando por todos os lados, nada tinha cor e nada fazia sentido. Nunca mais quero ficar longe dela.

É verdade que fiquei bastante magoado por ela duvidar de mim, mas a dor e a solidão que senti quase acabaram comigo. Pensei muitas vezes em procurá-la e destruir a barreira que eu mesmo havia colocado entre nós, só que também pensava que deveria dar um tempo a ela para pensar se valia mesmo a pena viver ao lado de alguém como eu, alguém que foi capaz de trair o próprio irmão. Ela merecia muito mais, por isso me afastei.

Só que depois desse sexo incrível percebi o quão bobo e ignorante eu estava sendo.

Ela me ama. Apesar de tudo ela me ama.

Fico sentado no sofá da sala deslizando o dedo no meu Facebook enquanto espero ela se maquiar novamente para irmos para a festa. Como o apartamento é bem do lado, daqui dá pra escutar o hit sertanejo Cobaia agitando a festa, o burburinho de vozes, o movimento de copos batendo, e sentir o cheiro inconfundível de churrasco que fazia meu estômago roncar. Eu nem estava muito animado de ir a essa festa de noivado, mas agora que eu e minha namorada nos acertamos, percebo que estou muito empolgado.

— Tô pronta.

Viro o rosto e vejo ela com o mesmo vestido florido tomara que caia e a maquiagem retocada. Parece uma princesinha.

A minha princesinha.

Largo o celular no sofá, levanto e vou até ela para puxá-la para os meus braços e lhe dar um beijo, mas antes que nossos lábios se encostem, ela me empurra de leve.

— Que foi?

— Você não quer mesmo tirar novamente a minha maquiagem que levei séculos para fazer, né?

— Você tem razão. Se eu te beijar agora acho que não vou conseguir parar.

— Pois é. E nem eu. Então, meu lindo — ela prende minhas bochechas em seus dedos –, é melhor irmos logo para a festa, antes que a gente acabe nus de novo.

— Sim, vamos para a festa — dou um beijo em sua bochecha.

Ela agarra meu braço e saímos juntos do nosso apartamento. Tranco a porta e coloco a chave no bolso da calça, damos um passo e bato na porta com o número 301. Cris é quem abre toda sorridente.

— Até que enfim! Achei que não viriam.

— E achou mesmo que eu iria faltar na festa de noivado da minha irmã? — Digo.

Apartamento 302 (Série Apartamento - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora