Capítulo 19

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Saio do elevador e vou em sua direção

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Saio do elevador e vou em sua direção. Não exatamente em sua direção, mas na direção da porta de saída. Saímos do prédio para a rua movimentada e continuo andando atrás dela, que percebe minha presença e me olha por sobre o ombro.

— Por que está me seguindo?

— Não estou te seguindo.

— Ah, não? Então por que está andando atrás de mim?

— Não estou andando atrás de você.

— Ah, então acho que você deve ser um fantasma ou o irmão gêmeo do Leonardo.

É impossível não sorrir.

— Bem, posso lhe garantir que sou o legítimo Leonardo Costa.

— Qual é, hein? — Ela para de repente, virando para mim, fazendo a gente trombar um no outro e quase dar um beijo. — Diz logo por que tá me seguindo.

— Não estou te seguindo. Só estava indo tomar um café na lanchonete ali da esquina.

Ela fica horrorizada.

— Você não pode fazer isso!

— E por que não? — Indago, e um vinco se forma na minha testa.

— Porque eu decidi fazer isso primeiro.

— Tomar um café? Mas você não toma café.

— Eu não quis dizer que ia tomar um café. Quero dizer que ia comer pão e outras coisas mais, entende?

— Ah, sei. Eu também. Estou morrendo de fome.

— Ah, não me diga. Mas terá que dar um jeito nessa sua fome de outro jeito. Agora sou eu quem vai entrar naquela lanchonete.

— E não podemos ir juntos?

— Não — ela fala mal-humorada, e meus olhos são imediatamente atraídos para sua boca rosada que se enruga ao fazer um biquinho. É uma boca bem volumosa e brilhante, que instiga minha boca a se colar nela, assim como fiz dias atrás ao perder totalmente o controle.

Aliás, ela está tão linda usando esse terninho e a saia preta. Muito diferente dos vestidos curtos que costuma usar. Quando a vi entrar na sala do pai com esse look... caramba.

— E por que não?

— Ah, você quer mesmo saber por quê? Não sei se você se lembra, mas nós moramos juntos. E agora, além disso, vou ter que te suportar o dia inteiro no meu trabalho e ainda obedecer suas ordens. Por isso, não tenho interesse nenhum de também tomar café com você na mesma lanchonete.

— Então é por isso que está tão brava comigo? Eu já disse. Não foi culpa minha acabarmos nessa situação. Foi seu pai quem...

— Já sei, já sei. Meu pai mandou você me pajear. Não precisa repetir.

Apartamento 302 (Série Apartamento - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora