Capítulo 8

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Abismado, fico olhando para a linda garota ruiva parada à minha porta mais uma vez

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Abismado, fico olhando para a linda garota ruiva parada à minha porta mais uma vez.

Mas desta vez ela tem algo a mais e que me intriga.

Malas.

Muitas malas.

Franzo uma sobrancelha e ela apenas dá de ombros e espreme os lábios para o lado. Esses lindos lábios rosados e brilhantes que tenho tanta vontade de beijar.

— Oi de novo — ela diz tímida. Tá aí uma característica que não condiz com sua personalidade. Algo muito sério aconteceu.

— Ãhnm... oi — olho novamente para suas malas sem entender o porquê delas.

— Eu acho que vou precisar passar uma noite aqui mais uma vez.

Uma noite?

— E talvez as outras também.

— Tá de brincadeira — olho para ela, perplexo. Ela não está falando sério.

— Ah, Leo — de repente ela solta suas malas e me abraça, enlaçando meu pescoço com os braços. — Tá tudo dando errado na minha vida.

Ela começa a chorar no meu ombro e abraço seu pequeno corpo, passando a mão em suas costas. Ela tem um cheiro de morango delicioso.

— O que aconteceu? — Pergunto um tanto agoniado por vê-la dessa maneira.

— Briguei com o meu pai. Ele me expulsou de casa.

— Como? — Me afasto para encará-la.

— É isso mesmo que você ouviu. Fui expulsa de casa, dessa vez é pra valer. Não posso mais voltar pra casa — ela diz limpando as lágrimas do rosto.

— Mas... seu pai te expulsou, tipo... te colocou pra fora de casa?

— Me expulsou. Me despejou. Me baniu. Chame do que quiser.

Ainda fico olhando pra ela sem entender.

— Mas por que ele faria isso?

— Porque ele não me ama o suficiente. Porque ele é o pior pai do mundo. Quando saí de lá com as minhas malas eu só pensei em você. Você é minha única salvação. Eu até pensei em ir para o apartamento da Cris porque tem o quarto do Vini sobrando. Como ele e a Juju estão namorando agora, imagino que devem estar dormindo juntos. Mas é aquele negócio que te falei, mais uma pessoa na casa iria tumultuar demais. Deixa eu ficar aqui com você por uns dias, só até eu conseguir arrumar outro lugar.

— Bem, eu...

— Prometo que não vou incomodar você. Faço tudo o que pedir. Lavo a louça, limpo a casa, lavo os banheiros. Só não posso cozinhar. Sou um desastre na cozinha. Mas por favor, deixa eu ficar aqui com você.

Coço a minha cabeça. Eu não fazia ideia do que fazer. Ainda estava assimilando que ela estava aqui na minha porta de novo e com malas.

Mas uma coisa é certa, ela não tem onde ficar.

Apartamento 302 (Série Apartamento - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora