Capítulo Vinte e Cinco

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Mario D'angelo:

Assim que terminamos de almoçar, não perdi tempo. A ideia da adoção já estava martelando na minha cabeça, e eu sabia que, quanto antes começássemos a nos preparar, melhor. Stefano, ainda com um sorriso satisfeito no rosto, me ajudou a limpar a mesa improvisada, enquanto eu já pegava o celular para começar a pesquisar.

— Você realmente não perde tempo, hein? — ele brincou, observando-me com aquela expressão carinhosa que sempre me derretia.

— Se é para começar, vamos começar direito — respondi, enquanto navegava pelos sites de centros de adoção, vendo as opções e os primeiros passos. — Precisamos saber exatamente o que vamos enfrentar, os documentos, os requisitos...

Stefano se aproximou, observando por cima do meu ombro. — Parece uma boa ideia. Melhor estarmos preparados desde o início.

Encontrei algumas informações sobre os centros de adoção na nossa região, e comecei a listar os documentos básicos que precisaríamos: certidão de casamento, comprovantes de renda, antecedentes criminais, entre outras coisas. Era um processo burocrático, mas nada que não pudéssemos enfrentar juntos.

— Vamos precisar de uma certidão de casamento atualizada... — murmurei, enquanto lia a lista. — E também de alguns comprovantes de renda. Além disso, temos que fazer entrevistas, visitas, uma série de coisas.

— Tudo tranquilo — Stefano disse, se encostando na mesa e cruzando os braços com confiança. — Se passamos pelo casamento e pelo controle da empresa, isso aqui vai ser moleza.

Eu ri, concordando. — É, você tem razão. Isso é só mais uma etapa.

Enquanto eu continuava a anotar as informações, Stefano se aproximou e colocou uma mão suave no meu ombro, me puxando para um abraço. O gesto inesperado me pegou de surpresa, mas logo relaxei nos braços dele. Ali, naquele momento, percebi que estávamos realmente prontos para essa jornada, não importava o quão longa ou desafiadora fosse.

— Vamos fazer isso juntos, sem pressa — ele sussurrou, como se soubesse que, mesmo em meio à minha empolgação, eu precisava desse lembrete. — Não precisa resolver tudo hoje. Um passo de cada vez.

Suspirei, concordando.

— Você sempre sabe o que dizer, né?

Ele deu uma risada suave.

— Eu te conheço bem demais, é por isso.

E com isso, a ansiedade que estava começando a se acumular se dissolveu, dando lugar a uma calma reconfortante. Sabíamos que o processo não seria fácil, mas com Stefano ao meu lado, eu estava mais confiante do que nunca. Estávamos dando o primeiro passo para construir nossa família, e isso, por si só, já era emocionante o suficiente para mim.

Era só o começo de mais uma etapa na nossa vida, e eu sabia que, como sempre, enfrentaríamos juntos.

Nos dias que se seguiram, a empolgação se misturava com a ansiedade enquanto eu e Stefano começávamos a organizar toda a papelada necessária para o processo de adoção. Cada detalhe era importante, e nós sabíamos disso. O ambiente em casa ficou mais leve, com conversas frequentes sobre o futuro, sobre como seria receber uma criança e, claro, sobre os desafios que viriam junto com essa decisão.

Certa noite, enquanto revisávamos os documentos que havíamos reunido, Stefano me olhou com aquele sorriso meio tímido, mas cheio de significado. Ele se aproximou, puxando a cadeira para perto da minha, e pegou um dos papéis que eu estava segurando.

— Você já parou para pensar em como vai ser quando tivermos alguém chamando a gente de "pai"? — ele perguntou, quase como se estivesse sonhando alto em voz alta.

Amor rebelde | Livro 1.5 - Meu coração é seu!Onde histórias criam vida. Descubra agora