Stefano Greco:
Eu olhei em descrença para o meu pai, surpreso com o quanto ele parecia genuinamente feliz. O fato de Vicente ter dado uma chance para conversar com ele já era uma vitória, mas o convite para um almoço em família na casa do meu meio-irmão foi inesperado. Agora estávamos todos ali, e eu pude perceber, pela expressão do meu pai, o quanto aquilo significava para ele, mesmo que ele tentasse disfarçar.
Entramos na casa de Vicente, e assim que meu pai o viu, uma onda de emoções passou por seu rosto. Meu pai olhou para Luciano, pai de Vicente, que estava na cozinha, e este apenas acenou de volta, com uma expressão neutra. Mas Vicente, ao contrário, parecia relaxado e deu um sorriso leve ao ver nosso pai.
Eu notei que aquele simples aceno de Luciano fez meu pai quase explodir de felicidade, embora ele tentasse se conter. Era óbvio que ele estava lutando para não demonstrar o quanto aquele momento o deixava contente.
— Você se parece muito com o Bill quando ele era mais novo — meu pai comentou, tentando quebrar o silêncio. Vicente assentiu lentamente, mostrando que estava ouvindo, mas sem dizer muito.
Havia uma tensão no ar, uma mistura de nervosismo e ansiedade, especialmente no meu pai, que claramente queria que essa conversa fosse a mais sincera possível.
— Você quer que eu diga logo como estou me culpando por tudo que perdi sobre você nos últimos tempos? — meu pai perguntou, e pela primeira vez em anos, ele parecia vulnerável.
Luigi e eu trocamos olhares rápidos, percebendo como nosso pai estava tenso, nervoso até, enquanto Vicente apenas o observava, com calma. Não havia julgamento no olhar dele, mas era difícil prever como ele iria reagir.
Sentindo que o momento precisava de um pouco mais de privacidade, fiz um gesto discreto para Luigi e para o restante da família, puxando-os para a cozinha, deixando meu pai e Vicente a sós para conversarem.
Assim que entramos na cozinha, o ambiente mudou completamente. Lá estavam os filhos gêmeos de Vicente, que imediatamente correram até mim com sorrisos gigantes. Eles me abraçaram com aquela energia contagiante de crianças, e eu não pude deixar de rir.
— Oi, pessoal! — Eu disse, bagunçando os cabelos deles com carinho.
Depois de se certificarem de que eu estava bem acolhido, os gêmeos correram até Pedro, um amigo de Vicente que estava ali ajudando com o almoço. Ele parecia estar confortável na casa, quase como se fosse parte da família. Sorri para ele, que me cumprimentou com um aceno amigável.
Enquanto isso, o aroma da comida já começava a preencher a cozinha, criando um clima mais leve, mesmo com a conversa séria acontecendo na outra sala.
Os amigos de Vicente, que estavam na cozinha, acenaram para a gente quando entramos, e logo reparei na irmã de Pedro. Luigi, sempre prestativo, se ofereceu para ajudar com o almoço, juntando-se aos outros que já estavam envolvidos na cozinha.
Eu me sentei à mesa, observando a movimentação ao meu redor. Mais ao longe, vi Milena e Donald, que além de amigos do Vicente, eram meus chefes no restaurante. Ou melhor, Donald ainda era. Milena, por outro lado, havia seguido outro caminho. Eu tinha lido recentemente que ela se tornara uma empresária renomada, assumindo o controle da empresa da família, enquanto os irmãos haviam transferido todas as responsabilidades administrativas para ela.
Donald se aproximou da mesa com um sorriso no rosto, e me olhou com aquele jeito brincalhão que sempre me fazia rir.
— Então, Stefano... — ele começou, com aquele tom dramático típico dele. — Como está sendo o restaurante sem a minha doce e fantástica presença?
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Amor rebelde | Livro 1.5 - Meu coração é seu!
RomansStefano e Mario sempre souberam que eram feitos um para o outro desde o momento em que se encontraram. Suas almas pareciam se entender de uma maneira profunda e sincera, com sonhos e valores compartilhados que fortaleceram o vínculo entre eles. O ca...